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Cotidiano

“Breque dos Apps”: motoentregadores paralisam atividades e impactam comércio de Campo Grande

Em Campo Grande, mais de 40 motoentregadores aderiam à paralisação que revindica melhorias nas condições de trabalho
Lethycia Anjos, Priscilla Peres -
Paralisação Nacional “Breque dos Apps”
Trabalhadores saíram em motociata (Helder Carvalho, Midiamax)

Sem reajuste há três anos, motoentregadores de aplicativo aderiram, nesta segunda-feira (31), à mobilização nacional “Breque dos Apps”, movimento que reivindica melhores condições de trabalho para a categoria. Em , a manifestação reúne mais de 40 entregadores na Avenida Afonso Pena, próximo ao Círculo Militar.

“Os trabalhadores de aplicativo rodam pelas ruas do país sem direitos, ganhando cada vez menos, enquanto as empresas lucram bilhões”, argumentam os manifestantes.

Paralisação Nacional “Breque dos Apps”
Paralisação dos entregadores (Helder Carvalho, Midiamax)
Entre as principais reivindicações dos entregadores estão:
  • Aumento da taxa mínima de entrega de R$ 6,50 para R$ 10,00;
  • Limite de rota de 3 km para entregadores de bicicleta;
  • Reajuste no valor pago por quilômetro percorrido, de R$ 1,50 para R$ 2,50;
  • Pagamentos justos por entrega.

Além disso, a categoria exige melhorias nas condições de trabalho, incluindo:

  • Redução do tempo máximo de espera do cliente de 15 para 10 minutos;
  • Definição de um valor adicional por rota na taxa mínima total;
  • Fim da coleta dupla e repasse integral das taxas por pedido em casos de rota combinada;
  • Redução do tempo de espera nos restaurantes de 15 para 10 minutos;
  • Aumento da taxa de espera de R$ 0,10 para R$ 0,20.

“Arriscamos nossas vidas todos os dias”

Paralisação Nacional “Breque dos Apps”
Fábio Carvalho (Helder Carvalho, Midiamax)

O entregador Fábio Carvalho aderiu à mobilização para chamar a atenção para a precariedade enfrentada pela categoria. “A gente arrisca nossa vida nessa profissão, sofrer acidentes e não temos respaldo do aplicativo. O que queremos é valorização pelo trabalho que fazemos”, afirma.

Um desafio recorrente aos motoentregadores de Campo Grande é a falta de locais adequados para descanso. Como resultado, é comum vê-los descansando em praças e espaços públicos entre uma entrega e outra. Por isso, os trabalhadores também reivindicam a criação de 1 a 2 pontos de apoio na cidade; suporte presencial das plataformas e distribuição de kits contendo bags, maquininhas, camisas e bonés.

Impacto aos comerciantes

Paralisação Nacional “Breque dos Apps”
Categoria pede uma série de reivindicações (Helder Carvalho, Midiamax)

Apesar da grande adesão, o movimento ocorre de forma independente, sem o apoio do sindicato da categoria. Segundo os organizadores, os motociclistas saíram em motociata às 10h30, mas novas manifestações estão previstas para as 19h desta segunda-feira e para a manhã de terça-feira (1º), o que tem impactado significativamente o serviço de entregas na Capital.

Na loja de bolos Delicati, o aplicativo suspendeu automaticamente os pedidos devido à falta de entregadores. Com isso, a loja, que já teria realizado cerca de 10 entregas, ficou sem novos pedidos.

“É uma situação muito complicada. De um lado, precisamos das entregas para a loja funcionar; de outro, entendemos a reivindicação da categoria. Assim acaba sendo injusto tanto para eles quanto para nós”, afirma a comerciante.

Breque dos Apps

Paralisação Nacional “Breque dos Apps” -
Paralisação Nacional “Breque dos Apps” – (Helder Carvalho, Midiamax)

A mobilização nacional ocorre em quase 60 cidades brasileiras, reunindo entregadores dos principais aplicativos em operação, como iFood, Flash e 99 Entrega. Em Campo Grande, a manifestação conta com o acompanhamento da GCM (Guarda Civil Metropolitana) e da (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), para evitar transtornos no tráfego.

Em nota, a Amobitec (Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia), que representa iFood e outros apps de delivery, como 99, Uber e Zé Delivery, esclareceu que respeita o direito de manifestação dos entregadores e “mantêm canais de diálogo contínuo com os entregadores”. Além disso, afirmou que “apoiam a regulação do trabalho intermediado por plataformas digitais, visando a garantia de proteção social dos trabalhadores e segurança jurídica das atividade”.

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