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Cotidiano

Barbearias e salões por todo lado: seria a região do Lageado a ‘quebrada’ mais vaidosa da cidade?

Região tem excelentes profissionais de estética, que ensinam a muitos jovens o caminho certo, com seu trabalho, suas conquistas e seu exemplo
Graziela Rezende -

Parque do Sol, Lageado, Dom Antônio e bairros vizinhos seriam a “quebrada” mais vaidosa de ? A depender da abundância de barbearias e salões de beleza num dos principais corredores comerciais de lá, sim!

O Jornal Midiamax esteve na região e conversou com os profissionais que lá trabalham. A vaidade dos moradores ficou ainda mais evidente e reforçou, para a reportagem, que a região — antes conhecida só pela criminalidade e pelo antigo lixão — mostra um recorte diferente na atualidade: bons profissionais de estética, que fugiram deste estigma e ensinam a muitos jovens o caminho certo, com seu trabalho, suas conquistas e seu exemplo.

Degradês perfeitos, cortes estilizados, “cabelinho na régua”, como dizem, além de escovas, químicas, cílios, unhas e até mega hair. É o que se vê escrito em fachadas da Rua Evelina Figueiredo Selingardi, o principal trecho comercial da região. Ali, coexistem dezenas de empreendimentos na área estética.

Barbearias e salões de beleza no Dom Antônio e Parque do Sol. (Foto: Marcos Ermínio, Jornal Midiamax)

Jornal Midiamax conta esta história dentro de seu novo projeto, o Fala Povo: Midiamax nos Bairros, que apresenta particularidades, problemas e personagens da região do Dom Antônio Barbosa.

Ao longo da programação, no site, impresso e televisivo do Jornal Midiamax (canal 4 da Net), serão exibidas histórias de moradores, curiosidades, pontos gastronômicos, segurança e tudo o que envolve o cotidiano da população local.

A terceira edição do Fala Povo: Midiamax nos Bairros, será realizada com evento final no dia 13 de setembro de 2025.

Dono de salão diz que Parque do Sol e região vivem ‘nova fase’

Barbearias e salões de beleza no Dom Antônio e Parque do Sol. (Foto: Marcos Ermínio, Jornal Midiamax)

O mais antigo da região é o Mauro Alonso, de 60 anos. Há 20 anos, ele abriu um salão na região, depois mudou duas vezes de endereço, mas sempre permanecendo na mesma rua. “Minha área é mais feminino, só que corto cabelo dos homens também. Faço de tudo, na verdade. E vi as barbearias, de uns seis anos para cá, nascerem e evoluírem. Antes, quase não tinha. Era eu e mais dois cabeleireiros. É bom, acho que ajuda bastante os jovens daqui. Eu já ensinei muitos também”, diz.

Questionado sobre o perfil dos moradores da região, Maurinho, como é conhecido, ressalta que todos são muito vaidosos. “Nossa área cresce e evolui, assim como o bairro, porque tem muitos clientes também. Não tem mais lixão, essa conversa já era. É uma nova fase, e novas experiências que estão acontecendo aqui”, argumenta.

A aposentada Ivani Baide Cavalcante, de 77 anos, é cliente fiel. “Gosto muito do Maurinho, estimo ele como meu filho. Tem 20 anos que corto cabelo com ele, que arrumo fregueses”, iniciou. Vaidosa que só, ao ser entrevistada, a comentou que a unha estava feia, mas o cabelo, . Ela havia acabado de ser arrumada pelo profissional. “Sou igual à mulherada daqui. Todo mundo gosta de se cuidar e por isso é que ficam no pé do Maurinho”, comenta.

Barbearias e salões de beleza no Dom Antônio e Parque do Sol. (Foto: Marcos Ermínio, Jornal Midiamax)

Barbeiro profissional desde 2018, Henrique Rondoura, de 25 anos, trabalha com preços populares em sua barbearia. Com isso, garante ter clientela a todo momento. “Já trabalhei como auxiliar administrativo, no Fórum, num monte de lugar. Mas, quando tive o acerto do meu primeiro emprego, fiz o curso de barbeiro e decidi empreender. Com este trabalho, consigo pagar minhas contas, comprei minha moto, sustento o meu filho, tudo vem daqui”, relata.

Nascido e criado no Dom Antônio Barbosa, Henrique já teve barbearia tanto na região do Los Angeles como no José Alves Pereira. “Aqui, o pessoal não tem miséria, gasta mesmo. Não tem tempo ruim. Tem dias de dez, onze cortes. Penso que é mais fácil pingar do que secar. E a rapaziada é enjoada, gosta de ficar ‘na régua’, de manter um degradê. Risquinho, bigode e cabelinho na régua”, comenta.

‘Vai melhorar mais ainda’, diz dona de salão que viu bairro crescer

A empresária Sueli Lima, de 39 anos, comenta que possui um na região há 13 anos. “Sou uma das pioneiras do bairro. Estamos aí para atender a mulherada. Comecei com unhas e depois fomos acrescentando os outros procedimentos. Oferecemos cabelo, unhas, cílios, depilação… A mulherada aqui é bem vaidosa e são clientes que tenho desde o início”, afirma.

Lima comenta que o crescimento do bairro só trouxe resultados positivos e que é ótimo ver tantos investimentos. “Vejo muita gente investindo, e isso confirma que aqui já não é mais aquilo que era antigamente. Tenho três meninas trabalhando comigo. No final do ano, elas não dão conta e sempre contrato mais pessoas, porque o fluxo aumenta muito. É pé e mão o tempo todo. A mulherada daqui é muito bonita”, diz.

Sillas Viruez Kill, de 26 anos, é barbeiro há 8 anos e possui também um salão na Rua Evelina Selingardi, que mais parece uma “passarela da beleza”. “Trabalhava registrado e buscava um jeito de sair do CLT [Consolidação das Leis de Trabalho]. Então, acabei indo para barbearia e deu certo. Sou empresário, tenho a minha própria barbearia, faço cortes, e o pessoal é bem vaidoso. Então, toda semana, todo mês, estão atualizando a régua, como dizem por aqui”, comenta.

Nascido e criado na região, Sillas fala que garantiu a , entre inúmeras outras conquistas. “Tenho a minha clientela e vejo muitos jovens nos colocando como espelho, para o seu crescimento. Eles também querem crescer, ter as suas coisas, é desse jeito. E eu cheguei a trabalhar em outros lugares, mas, em certo momento, entendi que o meu lugar era aqui. Passei a dar cursos. Tem aluno meu trabalhando nas barbearias mais famosas de Campo Grande”, argumenta.

Dom Antônio, Parque do Sol e Lageado: perigo é sair sem corte na régua!

Barbearias e salões de beleza no Dom Antônio e Parque do Sol. (Foto: Marcos Ermínio, Jornal Midiamax)

O barbeiro concorda com o estigma de um bairro perigoso, mas afirma que isso mudou. “Os pais não deixavam os filhos saírem de casa e hoje está bem mais tranquilo, é uma região que cresceu muito. Então, tem bastante oportunidade para quem quer ser alguém na vida. Eu, graças a Deus, tenho a minha clientela formada. Todo dia tem serviço”, finalizou.

Barbearia vintage, gamer, barbearia com sinuca, videogame e salões muito bem decorados. Ou seja, na próxima vez que alguém falar que o Dom Antônio e o Lageado são sinistros, já sabe: o único perigo é sair sem corte na régua!

(Foto: Marcos Ermínio, Jornal Midiamax)

Fala Povo: Midiamax nos Bairros

A história dos bairros de Campo Grande é tema do Fala Povo: Midiamax nos Bairros. Ao longo desta semana, reportagens especiais vão apresentar aos leitores aspectos históricos, indicadores socioeconômicos, demandas populares e peculiaridades das diversas regiões de Campo Grande, culminando com programa ao vivo no sábado. Quer ver seu bairro na série? Mande uma mensagem para (67) 99207-4330, o Fala Povo, WhatsApp do Jornal Midiamax! Siga nossas redes sociais clicando AQUI.

(Revisão: Dáfini Lisboa)

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