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Cotidiano

Atendimento na Casa da Mulher precisa ser aperfeiçoado, diz Comitiva do Ministério das Mulheres

Relatório sobre melhorias será entregue à ministra das Mulheres e a autoridades
Dândara Genelhú, Carol Leite -
ministério mulher comitiva deam
Comitiva do Ministério em Campo Grande. (Helder Carvalho, Midiamax)

A Comitiva do Ministério das Mulheres em afirmou que o atendimento da Casa da Mulher da Capital precisa de aperfeiçoamento. Reunião deste domingo (16) terminou com a promessa de produção de relatório sobre melhorias no atendimento às mulheres na (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de MS) e Casa da Mulher Brasileira.

O documento deverá ser entregue à ministra Cida Gonçalves e posteriormente a autoridades nacionais, para providências sobre as denúncias apontadas em áudio da jornalista morta pelo ex-noivo.

Vanessa Ricarte completaria 43 anos neste domingo (16). Contudo, teve a vida interrompida após ser esfaqueada pelo ex-noivo, Caio Nascimento. No mesmo dia em que foi assassinada, quarta-feira (12), Vanessa procurou a Deam e gravou áudios relatando atendimento “frio” na Delegacia Especializada.

A ouvidora do Ministério da Mulher, Graziele Carra Dias, disse que o atendimento “precisa ser aperfeiçoado em vários setores, não só aqui na Casa da Mulher em Campo Grande, mas como em várias outras casas das mulheres”.

Apontou que existe um “monitoramento constante com a CNEV e com o Ministério das Mulheres em outras Casas”. Disse que a visita é frequente em outras unidades da Casa da Mulher. “Aqui como é a mais antiga, né, é o primeiro protocolo, primeiro de relacionamento, então tudo isso está sendo aperfeiçoado”, reforçou.

Investigação

Graziele disse que o atendimento relatado por Vanessa está em investigação. “Sobre atendimento aqui da casa, foi passado um relato das investigações que ainda estão sendo concluídas do caso do , sobre como foi a entrada dela aqui na Casa”.

Entre as informações que estão sendo levantadas, estão: “quem fez os atendimentos?”; “quais orientações foram dadas?” Assim, afirmou que “foi a partir desse caso que a gente tá fazendo os estudos específicos para a gente conseguir fazer as melhorias no serviço”.

Vale lembrar que, em entrevista coletiva, a delegada titular da Deam, Eliane Benicasa, chegou a dizer para toda imprensa campo-grandense que teria oferecido escolta, mas a jornalista teria ‘rejeitado’. Vários jornais de Campo Grande compraram a versão da policial.

Segundo Vanessa, é mentira. Conforme áudio da jornalista, a delegada ainda teria se negado a comentar sobre o histórico de agressões do assassino e falou que a vítima “já sabia porque ele mesmo havia falado de agressões”.

Diversos setores foram representados por mulheres na reunião. (Helder Carvalho, Midiamax)

Relatório

Após ampla divulgação dos áudios e do feminicídio de Vanessa, o Ministério das Mulheres desembarcou em Campo Grande no sábado (15) para reunião com representantes de diversos órgãos. A chefe do gabinete da ministra, Kátia Guimarães, apontou os encaminhamentos da reunião de três horas de duração.

“Com tudo que a gente ouviu, nós vamos produzir um relatório que a ministra possa, a partir desse relatório, fazer essas discussões com as autoridades competentes”, disse. A comitiva segue em Campo Grande até, pelo menos, terça-feira (18), quando será completada pela presença de Cida.

Agenda com o governador Eduardo Riedel (PSDB) e a prefeita Adriane Lopes (PP) acontecerá na terça-feira (18). “As conversas todas serão a partir da nossa escuta de hoje com o intuito de que a gente possa aperfeiçoar os serviços”, afirmou a chefe de gabinete.

Fluxo do atendimento

Presente na reunião, a ouvidora do Ministério da Mulher, Graziele Carra Dias, disse que a reunião tratou de “alguns encaminhamentos sobre o atendimento, o fluxo, alguns desenhos, definições” sobre o atendimento na Casa da Mulher Brasileira.

Graziele destacou que Campo Grande é sede da primeira Casa da Mulher Brasileira de todo o Brasil. “É um exemplo que a gente quer que continue, um equipamento que seja seguro para que as mulheres venham denunciar e que consigam levar adiante a sua denúncia, que saiam com a medida protetiva, que consigam a escolta da Patrulha Maria da Penha”, disse.

Após áudios de Vanessa, diversas mulheres usaram as redes sociais para denunciar atendimento da Deam na Casa da Mulher na Capital.

A ouvidora espera que “todos os serviços que são oferecidos aqui na casa estejam em pleno funcionamento. Esse é o objetivo da nossa luta”, disse. Na reunião, houve momento de fala para representantes da Deam, Judiciário, Defensoria e Patrulha, apontou a integrante do Comitê.

“Com cada um desses serviços a gente tem as colaborações e as contribuições para fazer. Vamos fazer um documento sobre isso e encaminhar depois para o colegiado, vai encaminhar para a ministra e a ministra vai levar adiante esses encaminhamentos”, explicou o caminho dos apontamentos da reunião.

Reunião aconteceu na Casa da Mulher Brasileira. (Helder Carvalho, Midiamax)

Proteção da Casa

Diretora de proteção de direitos, Pagu Rodrigues defendeu a proteção da Casa da Mulher em Campo Grande como serviço às vítimas. “Primeiro acho que é importante, e o que a ministra tem deixado claro e vai deixar claro para o governador, é que as mulheres continuem procurando o serviço da Casa da Mulher Brasileira”.

A integrante da Comitiva disse que as devem entender “a importância desse serviço”. “Tudo que é proposto de melhoria para o serviço é sempre é bem-vindo para qualquer rede de atendimento”, afirmou.

Além disso, pontuou que o enfrentamento de todas as violências será debatido com o governador em encontro com a ministra. “Que o Estado também se empenhe em fazer a gestão compartilhada aqui do serviço da Casa da Mulher brasileira, conjuntamente com o município e nós do , para que as mulheres possam realmente acessá-lo cotidianamente”.

Por fim, fez apelo após as denúncias de Vanessa. “O que a gente pede a todo mundo que está acompanhando o caso da Vanessa Ricarte, é que não desacreditem o serviço, que entendam a importância dele e continuem procurando a Casa da Mulher brasileira, e o serviço da rede de enfrentamento à violência contra mulheres, para que a gente consiga sempre impedir todo e qualquer feminicídio”.

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