Nesta segunda-feira (28), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) iniciou uma manifestação em frente à sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) em Campo Grande. A ação, parte da jornada nacional Abril Vermelho, reuniu inicialmente cerca de 200 pessoas, segundo a organização.
Ao longo da tarde, o número de manifestantes aumentou, chegando a aproximadamente 300, após a liberação da rodovia BR-060 que, mais cedo, a rodovia havia sido bloqueada pelo movimento, assim como outras estradas em Dourados, Ponta Porã e Naviraí. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) confirmou a liberação da BR-060 por volta das 16h.
De acordo com o MST-MS, os manifestantes que estavam nas rodovias se dirigiram ao Incra para engrossar o ato. A expectativa da organização é que um número ainda maior de pessoas se concentre no local. A Polícia Militar acompanha a manifestação.
Pauta unificada
Laura dos Santos, da direção nacional do MST em Mato Grosso do Sul, destacou a pauta unificada do movimento. “A nossa pauta é unitária: que a pauta da reforma agrária aconteça no Mato Grosso do Sul. A nível nacional, várias áreas já foram definidas para assentamentos de reforma agrária, e aqui no MS, não”, disse.
Ela destacou que mesmo sabendo que MS é um ‘estado do agronegócio‘, objetivo do assentamento é “produzir alimentos saudáveis para as famílias, tanto os trabalhadores urbanos quanto para nós, camponeses que estamos na roça”.
Por fim, ela destacou que a luta do movimento segue e aguarda respostas. “Acreditamos que só a luta vai fazer valer o nosso direito, então por isso estamos aqui, e vamos ficar aqui até um retorno concreto da pauta que a gente está reivindicando”, disse.
Reivindicações
Em um ofício direcionado ao Ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, e ao presidente nacional do Incra, Carlos Fernando Schiavon Aldrighi, o MST-MS apresenta três reivindicações principais.
São elas: aquisição do complexo do Jotapar, localizado em Sidrolândia, para fins de reforma agrária; aquisição da Fazenda Santa Aparecida, em Aquidauana; e distribuição de cestas básicas para atender cerca de 1000 famílias acampadas no estado.
O movimento aguarda um posicionamento do INCRA em relação às suas demandas e sinaliza que a mobilização em frente ao órgão deve continuar em vigília até que haja um retorno concreto sobre a pauta apresentada.
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