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Cotidiano

Após críticas, IHP fará convite aos ribeirinhos para evento sobre conflitos com felinos 

Representantes criticaram a exclusão da comunidade local em decisões ambientais
Idaicy Solano -
onça
Onça-pintada macho Antã (Foto: Álvaro Rezende, Governo do Estado)

A organização do I Workshop Internacional ‘Conflitos com Grandes Felinos: Riscos, Causas e Soluções’, fará convite aos representantes de comunidades ribeirinhas para compor um dos painéis do evento. A novidade foi informada pelo IHP (Instituto Homem Pantaneiro), após repercussão das críticas dos povos ribeirinhos ao evento, no Jornal Midiamax

Conforme anunciou o Instituto, pelo menos três representantes deverão participar do evento, sendo que um deles ainda será convidado para compor o painel 7, intitulado ‘Estratégias Integradas para a Coexistência com Grandes Felinos: Caso ‘. Os convites, bem como a logística para trazer os convidados, já que as comunidades vivem em áreas remotas no Pantanal, já estão em andamento. 

O Instituto afirma que o convite ‘tardio’ se deu ao fato de que, inicialmente, o evento havia sido pensado para ser mais técnico, trazendo apenas profissionais com ‘muita experiência no assunto’.

“Após o relato imediatamente nos reunimos com o comitê organizador e decidimos trazer, com recursos do evento, ao menos 3 representantes de ribeirinhos e comunidades tradicionais. Ao decorrer da construção do evento, percebemos que abrir para atores locais que lidam com estes conflitos seria uma maneira ainda mais enriquecedora e inclusiva”, destacou Gustavo Figuerôa, diretor de comunicação do IHP. 

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Entenda 

Sem mencionar a presença de comunidades locais que convivem em regiões com maior incidência e perigo de ataques de onças, autoridades ambientais anunciaram que Campo Grande vai sediar um evento que irá debater a preservação e a prevenção de ataques de grandes felinos. 

O evento, inédito no Brasil, será realizado entre os dias 26 e 27 de agosto, a fim de discutir estratégias e soluções para garantir tanto a segurança da população quanto a conservação de grandes predadores da fauna brasileira, além de ações estratégicas para prevenir ataques e promover a convivência segura com esses animais.

Apesar de positiva a iniciativa, ribeirinhos criticaram o foco exclusivo na onça, justificando que a discussão deve levar em conta todo o ecossistema do bioma, e solicitaram a inclusão de comunidades locais nas decisões sobre o Pantanal.

Ribeirinhos pedem voz nas decisões ambientais 

A artesã e presidente do Renascer Pantanal, Associação de Artesãs da Barra do São Lourenço, Leonida Aires de Souza, de 59 anos, revela que a comunidade nunca foi procurada para participar dos debates acerca do cotidiano de quem, realmente, convive com a vida selvagem diariamente. “Nunca fomos ouvidos, na verdade”.

A comunidade ribeirinha Barra do São Lourenço está localizada em Corumbá, na margem esquerda do Rio Paraguai, próximo à confluência com o Rio , na entre Mato Grosso e . Para chegar lá, só por barco ou avião. Isolados, até o acesso à internet é um desafio, considerando que o sinal não chega a muitas casas. 

A artesã reforça, ainda, que a população local também faz parte do bioma, merecendo ser respeitada e levada em consideração na tomada de decisões ambientais. 

“A gente se sente bem entristecido, decepcionado, porque a gente gostaria muito que eles [autoridades] nos levassem mais a sério. Não estou falando que eles não estão fazendo nada, mas eles poderiam estar mais presentes nas comunidades, ajudando a comunidade de alguma forma. E isso não está acontecendo. E, se vêm aqui, só vêm repórter e alguns pesquisadores, não tem nada concreto. Aí eles fazem reuniões entre eles, e a gente acaba ficando de fora. Isso é uma situação que nos deixa muito tristes”, expressa Leonilda.

Comunidade Barra do São Lourenço no Pantanal sul-mato-grossense. (Foto: Reprodução/Renascer Pantanal)

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