Campo Grande promove nesta quinta-feira (24) a 4ª Conferência Municipal de Políticas para as Mulheres após 10 anos de hiato. O evento reúne o poder público, assim como instituições privadas, representantes de entidades, associações e mulheres, que se unem para discutir políticas públicas para o público feminino.
Estruturado em três eixos de debate, a conferência é coordenada pela Semu (Secretaria Executiva da Mulher).
Os três eixos são:
- participação política paritária e fortalecimento da democracia;
- enfrentamento a todas as formas de violências de gênero;
- autonomia econômica e mundo do trabalho.
“Nesse momento não tem partido, não tem ideologia, tem simplesmente mulher. E é isso que a gente busca”, pontua a vice-prefeita de Campo Grande, Camilla Nascimento.
Para ela, a construção das políticas públicas só acontece e tem efetividade quando o que é construído chega a todas.
“O chegar à ponta, ele tem que chegar de verdade, tem que chegar realmente na vida das mulheres. Independente se ela é jovem, idosa, se ela é preta, indígena, LGBT; (as políticas são) para todas as mulheres”, pontua Camilla.
Ao Midiamax, Camilla ainda disse que a conferência “é o momento de mostrar para a sociedade que a sociedade só é justa quando a mulher tem respeito, segurança, quando ela tem voz e oportunidade. E esse é o momento ideal, propício e urgente para isso acontecer”.
Por igualdade de oportunidades

“Essa é a etapa municipal, e vamos ter ainda a etapa estadual e nacional para que a gente formule políticas de igualdade de gênero, de oportunidade para as mulheres”, explica a vereadora Luiza Ribeiro (PT).
“(Atualmente), 51% dos lares do Mato Grosso do Sul, segundo os dados do IBGE, são sustentados exclusivamente por mulheres, e a gente também tem um indicador de que as mulheres ganham menos do que os homens. Então a gente precisa unir forças”, pontua a vereadora.
De acordo com a secretária-executiva da Mulher de Campo Grande, Angélica Fontanari, a conferência abre espaço para mulheres dos mais diversos segmentos sociais serem ouvidas.
“Vamos falar com mulheres de deficiência, mulheres negras, mulheres idosas. Enfim, é um momento ímpar de discussão para o avanço ainda mais das políticas públicas para as mulheres”, destaca.
Desta forma, entre os temas mais urgentes, na visão da secretária, estão a educação e a conscientização.
“Nós precisamos conscientizar que a violência contra a mulher infelizmente ocorre em todos os níveis sociais e ocorre em todo o canto. Então precisamos combater essa violência”, aponta.

“Eu vejo que é fundamental a prevenção, a conscientização, começar com os pequenos, que não se bate em ninguém, muito menos em mulher, e de mulheres fortalecerem outras mulheres”, completa.
Direitos para todas
A conselheira do CMDM (Conselho Municipal de Direitos da Mulher), Mirella Bellatore, presidente da Associação de Mulheres com Deficiência de MS e do Conselho Estadual de Defesa do Direito da Pessoa com Deficiência, pontua as políticas precisam avançar.
“A política pública é construída com o coletivo, com todos os atores sendo ouvidos e envolvidos. Existe política pública? Existe. Só que a gente precisa de política pública efetiva para mulher com deficiência e suas famílias, para as mães atípicas e toda essa história que a gente conhece bem. Então aqui é o momento, é o lugar”, finaliza.
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