Um adolescente de 14 anos completa, nesta sexta-feira (30), sete dias de dor na espera de uma cirurgia na Santa Casa de Campo Grande após quebrar o braço em duas partes. O hospital relata que não há previsão do procedimento.
Segundo o padrasto, que preferiu anonimato, o menino quebrou o braço enquanto estava jogando bola. Além disso, a mãe, Thairine Thays Silva, está afastada do trabalho, pois acompanha o menino na Unidade do Trauma.
“Ele (enteado) está com uma tala, mas reclama de dor toda hora. Todos os dias, ele entra na dieta para fazer a cirurgia, mas desde sábado (24), cancelam. Passam na frente os casos de urgência e alegam que falta insumo e material”, disse.
Em nota, a Santa Casa informou que não há previsão do procedimento. No momento, há 45 pacientes aguardando cirurgias de ortopedia.
“A Santa Casa de Campo Grande informa que, devido à alta demanda e à superlotação, segue rigorosamente o protocolo de classificação de risco para garantir atendimento prioritário aos casos mais graves. Constantemente, recebemos emergências que exigem intervenção imediata, o que pode resultar na reprogramação de procedimentos menos urgentes.
Especificamente sobre o procedimento agendado para amanhã (31), o paciente está devidamente programado para realizá-lo, incluindo o início do jejum na noite anterior. No entanto, reforçamos que, diante da natureza imprevisível dos atendimentos emergenciais, o procedimento poderá sofrer ajustes caso haja necessidade de priorizar um paciente em estado crítico. A Santa Casa reafirma seu compromisso com a qualidade do atendimento e a segurança dos pacientes, mantendo-se como referência no cuidado a traumas e emergências médicas.”
Lotação
Desde o início do ano, o hospital alega dificuldades financeiras e lotação. Desde o dia 23 de maio, a unidade precisou impedir a entrada de novos pacientes em seu Pronto Socorro. O maior hospital de Mato Grosso do Sul opera acima da capacidade, com pacientes em leitos improvisados e risco de desassistência.
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