A China é responsável pela compra de 47% de tudo o que Mato Grosso do Sul exporta. O percentual é alto, mas tende a passar de 50% nos próximos meses, devido à abertura de novos mercados entre o Brasil e o país da Ásia Oriental.
Nesta semana, em viagem para a China, o presidente Lula (PT) negociou a abertura de cinco novos mercados e avanço nas medidas sanitárias e fitossanitárias. Sendo eles: carne de pato, carne de peru, miúdos de frango (coração, fígado e moela), grãos derivados da indústria do etanol de milho (DDG e DDGs) e farelo de amendoim.
Mato Grosso do Sul deve se beneficiar com a abertura dos novos mercados, principalmente em relação aos miúdos de frango e derivados da indústria de etanol de milho. Nos dois setores, o Estado tem participação significativa.
No setor de etanol de milho, Mato Grosso do Sul é o segundo maior produtor, mas está em ascensão. Além das indústrias em operação, outras estão sendo implantadas, aumentando a produção para os próximos anos.
Centro-Oeste na vanguarda do etanol de milho
A produção nacional de etanol de milho e seus derivados está atualmente concentrada nos estados do Centro-Oeste. Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás são os principais produtores e as perspectivas são de crescimento.
Dados da Biosul mostram que Mato Grosso do Sul produz etanol de milho desde a safra 2022/23 e, para 25/26, a estimativa é que o etanol de milho corresponda a 46% de todo o etanol produzido no Estado.

Mas, a abertura de mercado é para um subproduto, o DDG/DDGS, usado na nutrição animal. São farelos de milho utilizados nas dietas de bovinos, suínos, aves, peixes e animais de companhia e possuem elevado valor nutricional.
Nesse setor, Mato Grosso do Sul entrou em 2022/23, produzindo 37 mil toneladas e com perspectiva de chegar a 47 mil toneladas em 2024/2025. O Estado já tem produção maior que Goiás, mas Mato Grosso é líder disparado com 2,6 milhões de toneladas.
Boas notícias para o setor
A União Nacional do Etanol de Milho vê a abertura de novos mercados como um marco estratégico para o setor de bioenergia e para a internacionalização da cadeia produtiva do etanol de milho brasileiro.
A China é o maior parceiro comercial do Brasil, país visto como aliado estável e confiável, e tem demonstrado crescente interesse em soluções sustentáveis para os desafios energéticos e de nutrição animal. Os coprodutos do etanol de milho brasileiro atendem a esse novo perfil de demanda, oferecendo alto valor nutricional, regularidade no fornecimento e compromisso com a sustentabilidade.
“Colaboramos com o governo brasileiro no diálogo com os chineses e identificamos um grande interesse no produto brasileiro”, destaca Guilherme Nolasco, presidente da Unem.
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