O HU-UFGD (Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados) disponibiliza o projeto “Telessaúde como Ferramenta de Expansão da Conectividade e Acessibilidade ao Sistema Único de Saúde (SUS) em Território Indígena” nas aldeias Jaguapiru e Bororó.
O evento, realizado na Escola Estadual Indígena Intercultural Guateka Marçal Souza, teve grande aceitação da comunidade. Assim, o projeto visa fortalecer a atenção básica à saúde da população indígena, oferecendo serviços de telessaúde por meio de teleconsultas e teleinterconsultas.
O objetivo é ampliar o acesso à saúde especializada, promovendo maior conectividade, resolutividade e humanização no atendimento, respeitando a diversidade sociocultural dos povos indígenas, que somam cerca de 22 mil habitantes nessas comunidades.
Lideranças indígenas, coordenadores do Polo Base de Dourados e profissionais de saúde das UBSIs (Unidades Básicas de Saúde Indígenas) das duas aldeias participaram do lançamento.
Géssica Linhares Melo Viana, da UGITS/HU-UFGD, destacou que o encontro proporcionou um diálogo construtivo, permitindo que lideranças e profissionais conhecessem a proposta, tirassem dúvidas e contribuíssem com sugestões.
A próxima etapa será a entrega dos equipamentos tecnológicos às unidades de saúde e o início dos atendimentos, começando pela especialidade de psiquiatria.
O projeto é uma parceria entre o HU-UFGD e a Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena) do Ministério da Saúde, com financiamento da Fundect.
Junio Eduvirgem, coordenador do projeto, explicou que a iniciativa busca garantir acesso à saúde de qualidade para comunidades indígenas em regiões de difícil acesso, utilizando tecnologias da informação e comunicação.
Com isso, o hospital quer aproximar o atendimento médico e facilitar o intercâmbio de informações entre profissionais de saúde, respeitando as especificidades culturais das comunidades.
André Rogerio, chefe da Unidade de E-Saúde, informou que será montado um ambiente específico para o atendimento via telessaúde nas aldeias, utilizando salas do ambulatório.
A estrutura será equipada com computadores, câmeras, internet de qualidade e sistemas seguros para garantir a qualidade técnica e o sigilo das informações dos pacientes.
Profissionais capacitados darão suporte aos pacientes e aos profissionais de saúde locais durante os teleatendimentos.
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