Pintura descascada, bancos deteriorados, cercas danificadas e pichações são alguns dos detalhes que marcam a paisagem do Horto Florestal, no centro da Capital. Mato alto e galhos de árvores caídos pelo espaço também compõem o cenário de desgastes.
O local já recebeu diversos eventos culturais e foi espaço de muitos encontros na memória dos campo-grandenses, mas, atualmente, o cenário de abandono afasta os frequentadores.
Um dos poucos eventos recorrentes que movimentam o Horto Florestal é o Coletivo de Brechós. O grupo se reúne no local em um sábado de cada mês há oito anos. O piso de pedras se enche de tendas, como neste sábado (17), com roupas, sapatos e acessórios que impulsionam a moda circular e a economia de pequenos empreendedores.
A subcoordenadora do Coletivo de Brechós, Amparim Lakacos, afirma que muitos clientes vêm de bairros distantes participar do evento de vendas próximo a entrada da Avenida Ernesto Geisel. Ela avalia que os brechós estão bem amparados e se sentem seguros, mas a situação poderia ser melhor.
“Aos sábados que estamos aqui não encontramos usuários de drogas e nem andarilhos. A estrutura que oferecem é boa, mas lógico que se revitalizar o parque ficaria melhor. Com o brechó aqui, melhora até para a vizinhança porque tem mais confiança de vir”, aponta.
A empreendedora Jucélia Paixão, do Brechic, analisa que o Coletivo de Brechós contribui para que o espaço não fique abandonado. “Quando está abandonado as pessoas invadem mesmo”, reflete.
O Jornal Midiamax entrou em contato com a Prefeitura de Campo Grande para perguntar sobre uma possível revitalização do Horto Florestal, e aguarda resposta. O espaço continua aberto para manifestações.
