Um incêndio em terreno de centro comunitário do bairro Jardim Tarumã em Campo Grande assusta moradores no começo da noite deste domingo (28). O cenário no local é de bastante fumaça e preocupação em quem mora ou passa perto do local.

Uma moradora da região, de 45 anos, e que não quis se identificar, relatou ao Jornal Midiamax que as chamas começaram após “irresponsabilidade de moradores”. Ela explica que eles atearem fogo em entulhos e lixo no local, e em razão do tempo seco, o fogo se alastrou. Os vizinhos do local acionaram o Corpo de Bombeiros Militar.

A moradora disse ainda que há crianças e idosos que moram na região, e demonstrou preocupação com a qualidade do ar após a combinação entre fumaça e baixa umidade relativa no bairro. Nas imagens, é possível identificar as chamas se espalhando no terreno. Veja o vídeo:

Incêndios em Campo Grande

Nos últimos dias, ocorrências de incêndios têm se tornado comuns em todas as regiões. Nesta sexta-feira (26), um incêndio de grandes proporções atingiu a Aldeia Lagoa Bonita, na região norte de Campo Grande. A área é local de moradia para 280 famílias e seis famílias vão ficar sem poder voltar para suas casas, por tempo indeterminado. Segundo os bombeiros, a população ficou entre dois focos de fogo e 7 mil litros de água foram utilizados no combate às chamas.

Ainda nesta semana, 50 hectares de um terreno no Jardim Cerejeiras foram destruídos pelo fogo, 10 hectares de uma área particular nos altos da Avenida Afonso Pena também foram devastados e um lixão foi atingido no Jardim Ilhéus. 

Segundo o Corpo de Bombeiros, de janeiro a julho deste ano Campo Grande somou 614 registros de incêndios. Somente neste mês, foram 105 ocorrências, com chances de superar junho, que teve 118 casos e destaque para o maior pico do ano.

Tempo seco deixa MS na linha de perigo de incêndios

Os 79 municípios de Mato Grosso do Sul seguem sob alerta de baixa umidade do ar emitidos pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). Com o ‘combo’ de altas temperaturas, o clima no Estado está propício para o avanço de incêndios urbanos e florestais. 

“Umidade relativa do ar variando entre 20% e 12%. Risco de incêndios florestais e à saúde. Ressecamento da pele, desconforto nos olhos, boca e nariz”, alerta o Instituto.