Adolescentes que já tomaram a primeira dose da vacina da HPV não precisam mais tomar segunda

Esquema vacinal agora é feito com dose única e público-alvo foi ampliado para jovens até 19 anos, além dos grupos de risco

Osvaldo Sato – 02/04/2024 – 17:20

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Prefeitura irá adotar o novo esquema de forma imediata (Henrique Arakaki, Midiamax)

A vacinação contra o HPV (papilomavírus humano), o principal causador do câncer de colo de útero, passará a ser aplicada em dose única. A alteração foi anunciada pela ministra da Saúde, Nísia Trindade.

Até hoje, a vacina era aplica em duas doses e indicada para meninas e meninos de 9 a 14 anos, além de grupos de risco. O intervalo entre as doses era de seis meses.

Com a decisão do Ministério da Saúde, os adolescentes que já tomaram a primeira dose em 2023 ou 2024 e aguardavam o prazo, não precisam mais tomar a segunda dose.

Quem explica é a Secretaria de Saúde (Sesau) do município de Campo Grande. “Quem tomou a primeira dose em 2023 e 2024 (anteriormente a nova recomendação) não precisará tomar a segunda dose”, diz a nota explicativa.

A Sesau explica que a recomendação do Ministério da Saúde, que será atendida pela administração municipal, é de que a vacina seja aplicada apenas em dose única no público de 9 a 14 anos e também para quem tem até 19 anos, mas nunca se vacinou contra o HPV.

A exceção da regra é para o público que possui papilomatose, que é uma condição rara que afeta o sistema respiratório. Estes terão um esquema vacinal diferenciado: são duas doses para adolescentes de 9 a 14 anos e três doses para quem tem mais de 15 anos.

Dose Única

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a adoção da dose única pode auxiliar no aumento da cobertura vacinal.

Desta forma, a ministra pediu que estados e municípios façam uma busca ativa por jovens com até 19 anos, que ainda não receberam sequer uma dose do imunizante, para que sejam vacinados.

De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 10 milhões de brasileiros estão infectados pelo HPV. E a estimativa é que a cada ano surjam no país 700 mil casos novos dessa infecção, que é transmitida principalmente através de relação sexual.

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