Usina de asfalto operou por três meses e teve apenas um contrato antes de explosão

A usina explodiu no momento em que iniciava a produção de 14 mil toneladas de massa asfáltica para Campo Grande

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(Henrique Arakaki, Midiamax)

Após três dias, ainda não há um levantamento dos prejuízos totais causados pelo acidente na Usina do Consórcio Central MS, que pegou fogo após uma explosão na última sexta-feira (6), no Indubrasil. A usina estava em operação há apenas três meses e explodiu no momento em que iniciava a produção de 14 mil toneladas de massa asfáltica destinadas a Campo Grande.

Nesta segunda-feira (9), o local passou por uma nova perícia. No entanto, segundo o diretor-executivo da empresa, Vanderlei Bispo de Oliveira, a usina não tem condições de retomar as operações após o acidente.

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“Os técnicos estiveram na área para coletar amostras de materiais para a perícia, mas é um trabalho complexo que leva tempo. Ainda não temos um resultado definitivo, mas a usina ficou praticamente destruída”, afirmou.

Conforme Vanderlei, toda a estrutura dos tanques está danificada, além do motor, que acabou atingido por estar próximo ao tanque. A empresa agora está em negociação com os proprietários do local e consultando o setor jurídico para definir as próximas medidas tomadas.

O prejuízo estimado está em torno de R$ 2 milhões. Além disso, a usina perdeu duas cargas de CAP (Cimento Asfáltico de Petróleo), avaliadas em R$ 140 mil cada.

Usina operou por três meses e teve apenas um contrato

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Incêndio após explosão em usina. (Henrique Arakaki, Midiamax)

O projeto de instalação da usina de asfalto em Campo Grande iniciou em maio de 2023, com uma reunião entre representantes do Consórcio Central MS. Na ocasião, houve a contratação de três empresas para fornecer os insumos necessários, enquanto a usina ainda estava em construção e permaneceu em obras até abril de 2024.

Em 31 de maio, o local passou por uma vistoria técnica, que autorizou o início das operações. A usina funcionou durante os meses de junho, julho e agosto, mas, nesse período, teve apenas um contrato de fornecimento de pouco mais de 600 toneladas de massa asfáltica para o município de Dois Irmãos do Buriti.

“Havia uma grande expectativa para que Campo Grande finalizasse os processos licitatórios em andamento, o que permitiria ao município contratar o consórcio. Isso ocorreu, e estávamos prestes a iniciar a produção de 14 mil toneladas de massa asfáltica para Campo Grande”, explicou Vanderlei Bispo.

Para o Consórcio Central MS fica o prejuízo da massa e dos dias parados, já que a usina é alugada. O consórcio formado por municípios para produção de massa para asfalto aluga a usina por R$ 80 mil mensais e a empresa proprietária da indústria deve arcar com os gastos.

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