Usina de asfalto operou por três meses e teve apenas um contrato antes de explosão
A usina explodiu no momento em que iniciava a produção de 14 mil toneladas de massa asfáltica para Campo Grande
Lethycia Anjos –
Após três dias, ainda não há um levantamento dos prejuízos totais causados pelo acidente na Usina do Consórcio Central MS, que pegou fogo após uma explosão na última sexta-feira (6), no Indubrasil. A usina estava em operação há apenas três meses e explodiu no momento em que iniciava a produção de 14 mil toneladas de massa asfáltica destinadas a Campo Grande.
Nesta segunda-feira (9), o local passou por uma nova perícia. No entanto, segundo o diretor-executivo da empresa, Vanderlei Bispo de Oliveira, a usina não tem condições de retomar as operações após o acidente.
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“Os técnicos estiveram na área para coletar amostras de materiais para a perícia, mas é um trabalho complexo que leva tempo. Ainda não temos um resultado definitivo, mas a usina ficou praticamente destruída”, afirmou.
Conforme Vanderlei, toda a estrutura dos tanques está danificada, além do motor, que acabou atingido por estar próximo ao tanque. A empresa agora está em negociação com os proprietários do local e consultando o setor jurídico para definir as próximas medidas tomadas.
O prejuízo estimado está em torno de R$ 2 milhões. Além disso, a usina perdeu duas cargas de CAP (Cimento Asfáltico de Petróleo), avaliadas em R$ 140 mil cada.
Usina operou por três meses e teve apenas um contrato
O projeto de instalação da usina de asfalto em Campo Grande iniciou em maio de 2023, com uma reunião entre representantes do Consórcio Central MS. Na ocasião, houve a contratação de três empresas para fornecer os insumos necessários, enquanto a usina ainda estava em construção e permaneceu em obras até abril de 2024.
Em 31 de maio, o local passou por uma vistoria técnica, que autorizou o início das operações. A usina funcionou durante os meses de junho, julho e agosto, mas, nesse período, teve apenas um contrato de fornecimento de pouco mais de 600 toneladas de massa asfáltica para o município de Dois Irmãos do Buriti.
“Havia uma grande expectativa para que Campo Grande finalizasse os processos licitatórios em andamento, o que permitiria ao município contratar o consórcio. Isso ocorreu, e estávamos prestes a iniciar a produção de 14 mil toneladas de massa asfáltica para Campo Grande”, explicou Vanderlei Bispo.
Para o Consórcio Central MS fica o prejuízo da massa e dos dias parados, já que a usina é alugada. O consórcio formado por municípios para produção de massa para asfalto aluga a usina por R$ 80 mil mensais e a empresa proprietária da indústria deve arcar com os gastos.
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