Pular para o conteúdo
Cotidiano

União reconhece anistia coletiva e Guarani Kaiowás de Mato Grosso do Sul recebem pedido de perdão

Sessão histórica analisou reparação aos indígenas que tiveram direitos humanos violados na ditadura
Fábio Oruê, Agência Estado -
anistia coletiva
Manifestação Guarani e Kaiowá em frente ao STF (Michelle Calazans/Cimi)

A Comissão de Anistia acatou o pedido de anistia coletiva da comunidade Guyraroká, dos povos indígenas Guarani Kaiowá, em , nesta terça-feira (2). O pedido foi protocolado pelo MPF (Ministério Público Federal) em 31 de agosto de 2015, mas apreciado apenas hoje.

Ao fim da sessão histórica, a presidente da comissão, Eneá de Stutz e Almeida, pediu perdão à liderança indígena Guarani-Kaiowá, seu Tito, em nome da União.

“Eu quero, em nome do e do Estado brasileiro, pedir desculpas ao senhor. Que o senhor leve esse pedido de desculpas a todo o povo guarani Kaiowá. Em nome da Comissão de Anistia do Estado brasileiro, nós concordamos com todos os termos da proposta que o senhor e o povo trouxeram para a gente”, disse.

anistia coletiva
Eneá ao centro, com o microfone (Reprodução)

A sessão é a primeira promovida pelo órgão, criado em 2002, e atualmente vinculado ao MDHC (Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania), para analisar a reparação aos indígenas que tiverem os direitos humanos violados durante o período da ditadura militar no Brasil, entre 1947 e 1980.

O colegiado analisou requerimentos apresentados pelos povos indígenas Krenak (do norte de Minas Gerais) e Guarani Kaiowá, que acusaram o Estado brasileiro de cometer diversas violações de direitos humanos durante a ditadura militar.

A decisão foi aprovada por unanimidade pela comissão, um órgão colegiado do Governo Federal vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos. A concessão de reparação coletiva foi possível graças a uma inovação regimental aprovada pela Comissão em março do ano passado.

As indenizações por crimes e violações do Estado brasileiro no período ditatorial costumavam ser feitas apenas individualmente. A presidente da Comissão afirmou durante a sessão que especialistas destacaram o quão importante seria não individualizar a reparação dos indígenas.

“O que faz sentido para as comunidades é a reparação coletiva”, disse. A reparação coletiva não prevê ressarcimento econômico. O dispositivo concede anistia política e recomenda que outros órgãos públicos assegurem direitos a esses grupos violados.

A medida também tem um caráter simbólico de pedido de desculpas. No caso dos povos indígenas, por exemplo, foi apontada a necessidade de atenção especial a questões sanitárias e de saúde nas comunidades.

Outra demanda apresentada foi para que ocorresse a demarcação dos territórios. O colegiado concordou em apresentar uma recomendação ao governo Lula para que as terras Krenak e Kaiowá sejam demarcados.

Os indígenas das duas comunidades foram perseguidos pelo regime militar e forçados a deixar os seus territórios, entre 1946 e 1988.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Governo colombiano declara emergência sanitária por alta no número de casos de febre amarela

Subea

Consultório móvel para cães e gatos da Subea passa pelas Moreninhas nesta semana

Mulher é agredida com soco na boca e enforcada pelo marido no Tiradentes

Piastri larga bem, força erro de Verstappen, vence GP da Arábia Saudita e lidera Mundial da F-1

Notícias mais lidas agora

Restaurada há 4 meses, alagamento danificou estrutura da BR-267

Missa Páscoa 2022

Confira a programação: Domingo de Páscoa celebra a Ressurreição do Senhor

moradores

Mais de mil pessoas vivem em situação de rua em Campo Grande, mostra estudo

Mãe celebra 44 anos com almoço solidário para famílias atípicas em Campo Grande

Últimas Notícias

Emprego e Concurso

Encerram nesta semana inscrições para concursos do IFMS com 80 vagas

Prova objetiva será aplicada no dia 25 de maio de 2025

Polícia

Quadrilha especializada do Ceará é presa furtando cabos de telefonia em Dourados

Suspeitos disseram que receberiam R$ 140 por dia para retirarem os cabos

Famosos

Fã critica decoração de Páscoa e Bruna Biancardi reage: “Pensada com carinho”

Seguidora criticou escolha do coelho como símbolo de decoração

Polícia

Homem encontrado morto com tiro à queima roupa em assentamento tinha 34 anos

Tiros atingiram a testa, lado esquerdo do tórax e a lateral direita da cabeça da vítima