Uma semana após trabalhos no RS, nova equipe de bombeiros de MS é enviada para resgates

Uma semana após trabalhos no Rio Grande do Sul, uma nova equipe de militares do Corpo de Bombeiros foi enviada para resgates na região que sofre com os estragos causados pelas enchentes no estado gaúcho. Na manhã deste sábado (11), nove servidores saíram do 1° Grupamento de Bombeiros, do Quartel Costa e Silva para render equipes no local desde o dia 3 de maio.

O tenente Vieira, Conta que os bombeiros levaram “todo o material de salvamento básico que eles podiam necessitar. Então, já tem o material que está com o efetivo que já está lá no Rio Grande do Sul para eles poderem complementar. Tem material de iluminação, material de arrombamento e material de demarcação diária”, detalha.

Por volta das 7h da manhã, duas viaturas saíram do complexo com um capitão e oito militares. Eles trocam o turno no dia 16, quando a outra equipe volta para Campo Grande. “Os que estão à caminho vão ficar lá por 15 dias e, caso seja necessário mais militares, vamos encaminhar os que estiverem disponíveis”, explica.

A corporação afirmou ao Jornal Midiamax que já foram 312 pessoas e 271 animais resgatados até a última quinta-feira (9). Ainda na quinta, imagens registraram o momento em que militares de Mato Grosso do Sul resgatavam famílias ilhadas em telhados de residências nos municípios gaúchos. Com apoio do CGPA, pessoas agarradas aos animais de estimação eram içadas para o helicóptero esquilo, prefixo PT-FRN.

‘Bichos nos telhados e 40 horas sem dormir’, relata bombeiro

“Chegamos para os resgates no sábado de noite no Rio Grande do Sul, umas 22h, 22h30. Estava chovendo forte na hora e todos os bombeiros já estavam empenhados nas ocorrências. E nisso a gente já presenciou as pessoas desesperadas, ouvindo o barulho do barco e pedindo socorro. Só que não cabia todo mundo de uma vez e a gente fez várias viagens, escolhendo por ordem de risco”. O relato é de um bombeiro militar sul-mato-grossense, convocado para socorrer as vítimas das enchentes do sul do país.

Conforme o bombeiro, nestes três dias grande parte dos militares ficou muitas horas sem dormir, 40 no caso dele. “A gente foi tocando direto. Fui dormir depois de 40 horas e não descansei mais que duas horas. Apesar de desgastante, quando a gente atende as pessoas, não tem cansaço que diminua a nossa vontade de ajudar e isso dá uma revigorada. E operar com os militares do RS está sendo bacana, eles são muito dedicados e tem de outros estados também e isso tá sendo bem legal”, comentou.