Três boxes incendiados no Camelódromo pertenciam a comerciante que teve prejuízo de meio milhão

Equipes fazem reparos elétricos e centro de compras será reaberto na tarde desta quarta-feira

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Camelódromo
Só estrutura metálica restou no boxes (Henrique Arakaki, Midiamax)

Uma vida inteira destruída pelo fogo. Dois dias após o incêndio que destruiu completamente oito boxes do camelódromo de Campo Grande, lojistas ainda calculam a extensão dos prejuízos e tentam salvar o pouco que restou nos locais que não tiveram perda total.

Narciso Soares, presidente do Camelódromo, afirma que, ao todo, oito boxes foram completamente consumidos pelo incêndio, sendo quatro de roupas, três de assistência técnica para celular e um de brinquedos. Outros quatro boxes foram indiretamente atingidos pelo fogo ou água durante o combate às chamas.

No camelódromo há 25 anos, Valmir Caetano da Silva viu o esforço de uma vida inteira sendo consumido pelas chamas, deixando um prejuízo de R$ 500 mil. Dos cinco boxes que pertencem ao comerciante, três foram completamente destruídos no incêndio, os dois que restaram acabaram cobertos pela água durante o combate ao fogo.

“Estou no camelódromo desde quando foi aberto. Com o sustento que tirei aqui, criei e formei meus filhos. Sinceramente não sei o que fazer agora”, lamenta.

Camelódromo
Boxes ficaram completamente destruídos (Henrique Arakaki, Midiamax)

Valmir relata que ainda não teve coragem de avaliar os danos nos boxes atingidos pela água, ambos de mochilas e malas. Só em mercadorias o comerciante estima um prejuízo de R$ 500 mil, já a reconstrução de cada boxe deve custar mais de R$ 30 mil cada.

“Não quis nem abrir para ver o estrago nos que foram encharcados. Os que queimaram foram de roupas, uma perda de R$ 500 mil só em mercadoria, sem contar a estrutura. Não consigo avaliar com exatidão porque o notebook e celular com as planilhas estavam no boxe que queimou”, relata.

Camelódromo reabre nesta quarta-feira

Para garantir a reabertura ainda nesta semana, equipes de limpeza da Solurb, estiveram no camelódromo nesta terça-feira (13), para retirar o restante do entulho e limpar o local. Foi preciso um caminhão e duas caçambas para que todos os itens queimados fossem retirados.

Narciso Soares confirmou que o local volta a sua programação normal nesta quarta-feira (13), com a reabertura das lojas após o 12h, conforme prevê o ponto facultativo de Carnaval.

As lojas não tinham seguro. Narciso Soares explica que as seguradoras não fecham contratos de seguros com as lojas do estabelecimento diante do alto risco de incêndio e valor de produtos no espaço com 473 boxes. Desde um incêndio há 10 anos, o comércio adotou medidas de segurança, como desligar a energia elétrica a partir das 18h40, com exceção das câmeras de segurança.

Após análise das câmeras de segurança, o fogo teria começado em um box de assistência celular, contudo, os lojistas ainda aguardam o laudo oficial da perícia.

25 anos de história

(Foto: Ana Laura Menegat, Jornal Midiamax)

O camelódromo de Campo Grande tem 496 Boxes e um piso superior onde se encontram outras lojas. Inaugurado em dezembro de 1998, o centro comercial tem 25 anos de existência e foi criado para por fim a desentendimentos entre lojistas do centro e ambulantes.

O prédio ocupa espaço com cerca de três mil metros quadrados, onde estão distribuídas lojas padronizadas para a comercialização dos mais diversos tipos de produtos. Localizado ao lado do shopping cidade, em região de grande movimentação.

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