Tempo seco agrava doenças respiratórias e Campo Grande chega a 1,8 mil casos
São 808 casos em crianças de zero a 4 anos e 519 em pessoas com mais de 60 anos de Campo Grande
Priscilla Peres, Valesca Consolaro –
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Mato Grosso do Sul tem batido recordes de baixa umidade relativa do ar e, como consequência, aumentado o número de doenças respiratórias. Para driblar a baixa umidade, famílias de Campo Grande recorrem ao uso de umidificadores, toalhas molhadas e até balde, na tentativa de respirar melhor.
Campo Grande tem 1.892 casos confirmados de síndrome respiratória aguda grave e 145 mortes. Os casos continuam em alta, semana a semana, sendo as crianças as principais vítimas das doenças respiratórias.
Segundo dados da Sesau (Secretaria de Saúde), são 808 casos em crianças de zero a 4 anos e 519 casos em pessoas com mais de 60 anos. Os vírus sincicial respiratório e Influenza A são os principais causadores das doenças respiratórias em 2024.
Famílias adotam estratégias
“Meu filho de 6 anos tem rinite e sinusite, problema de adenoide e nós todos somos alérgicos. Então todo ano é uma luta, é umidificador, é toalha molhada, é bacia com água, é tudo”, conta a bióloga Talita Moura, 30, que tem três umidificadores em casa que passam o dia ligados para aliviar a secura.
A Maria Aparecida, 47, conta que tem convivido com a poeira e cheiro de fumaça, devido a incêndios florestais e, para amenizar a situação, investiu em um umidificador. “A gente sempre está molhando, jogando uma água, toalha molhada, aquele básico né, além de balde todo dia, no fim da tarde”, diz.
Maria Corrêa, 57, diarista e dona de brecho, mora no Jardim Seminário. Disse que por lá está muito seco e com focos de incêndio nem terrenos. “Tá muito seco. Eu não tenho umidificador, então é toalha molhada e balde”.
Estiagem severa em MS
A atuação de uma massa de ar impede a entrada das frentes frias e inibe a formação de nuvens e chuvas em grande parte de Mato Grosso do Sul. Com isso, cidades registram recorde consecutivamente de menor umidade relativa do ar, com 16% nas últimas 24h, conforme o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).
Apesar de não se classificar no pódio, Chapadão do Sul e Costa Rica estão entre os municípios mais secos do Brasil. O índice de quarta-feira (19) indica que os menores valores variam entre 14 e 20%, sendo que o ideal para a saúde é de 60%.
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