Mato Grosso do Sul tem batido recordes de baixa umidade relativa do ar, que chegou nesta segunda-feira (29) na casa dos 13%. Para driblar a baixa umidade, famílias de Campo Grande recorrem ao uso de umidificadores, toalhas molhadas e até balde, na tentativa de respirar melhor.

Com o tempo nessas condições, as crianças tendem a sofrer mais. Longe de casa, na escola, a preocupação dos pais é se estão se hidratando corretamente e evitando o sol intenso.

Isso porque, com o tempo seco, aumenta o risco de doenças respiratórias. Os vírus sincicial respiratório e Influenza A são os principais causadores das doenças respiratórias em 2024.

Outra preocupação são os sangramentos causados pelo clima seco. Assim, podem provocar a formação de casquinhas que facilitam o sangramento, principalmente ao serem cutucadas.

Na maioria dos casos é fácil de controlar, bastando inclinar a cabeça para frente e pressionar o nariz com gaze, algodão ou com os dedos durante alguns minutos, respirando pela boca.

A condição do tempo seco que predomina pode desencadear doenças preexistentes como as alergias. Entretanto, há sinais de desidratação durante o período em que se deve ficar atento na rotina de crianças, associados à dificuldade de ingerir líquidos, como:

  • xixi escuro;
  • boca seca;
  • olhos fundos;
  • cansaço;
  • dor de cabeça.

Recomendações para amenizar tempo seco

Nas escolas, a recomendação é evitar exercícios físicos ao sol nos horários próximos ao meio-dia. O horário entre 10 e 16 horas também tem grande incidência de raios ultravioleta, e não é aconselhado com o tempo seco.

Os professores também estimulam os pais a enviarem garrafinhas d’água para que os alunos possam se hidratar durante as aulas.

Em casa, bacia com água, toalha molhada, beber mais de dois litros de água são dicas comuns para amenizar os períodos de tempo seco. 

Umidade em 13%

Cidades de Mato Grosso do Sul lideram o ranking nacional de menor umidade relativa do ar das últimas 24h. Com nível preocupante, que favorece queimadas e prejuízo à saúde, a região alcançou umidade de apenas 13%.

As regiões pantaneira e norte ficaram entre as mais críticas, conforme o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). A referência considera o pico de valores do domingo (28).

Para se ter uma ideia da sensação desértica, das 10 cidades com menores valores, o Estado ocupa sete posições na lista. Campo Grande ocupa lugar da 13°C cidade mais seca do Brasil, com 14%.