O sol avermelhado na manhã deste domingo (4) chamou a atenção de quem acordou cedo em Campo Grande. O fenômeno ocorre por uma junção de fatores relacionados às queimadas e clima extremamente seco. 

Meteorologistas explicam que a fuligem e a sujeira gerada pelos incêndios, unidos à baixa umidade relativa do ar, se concentram na atmosfera e impedem a passagem de ondas mais curtas da luz, em cores como azul, amarelo e verde. 

Em contrapartida, as ondas de maior comprimento, como vermelho e laranja, passam pela barreira e deixam o sol alaranjado.

Portanto, o efeito está relacionado ao aumento de queimadas no Pantanal, mas também na cidade. Conforme o Corpo de Bombeiros, de janeiro a julho de 2024, a corporação atendeu 661 ocorrências de combate a incêndio em Campo Grande. Destas, 509 foram em vegetação e 152 em edificações.

Incêndios no Pantanal

Há dois meses o Pantanal vem batendo recordes alarmantes de queimadas, agravados pelas condições climáticas desfavoráveis.

Julho fechou com 1.218 focos ativos de incêndios florestais no bioma, conforme dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). 

Segundo a tenente-coronel e diretora de proteção ambiental do Corpo de Bombeiros, Tatiane Inoue, as queimadas registradas em 2024 no bioma representam um aumento de 26,2% em comparação a 2020 e 1.544,8% em comparação a 2023.

Além disso, Mato Grosso do Sul tem batido recordes de baixa umidade do ar, com índices chegando a 12%, e média de 30% no último mês.

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