Sesau avalia decreto de emergência de saúde por surto de doenças respiratórias em Campo Grande

Hospitais públicos e até privados enfrentam superlotação, principalmente de crianças

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Prefeitura tenta abrir novos leitos diante de crise (Foto: Henrique Arakaki, Midiamax/Arquivo)

Com o aumento expressivo nos casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) em Campo Grande, a Sesau (Secretaria de Saúde) avalia decretar emergência de saúde. O intuito é chamar a atenção da população para o aumento das doenças respiratórias e os cuidados para evitar agravamento dos casos.

Nesta terça-feira (30), a secretária Rosana Leite esteve na Câmara Municipal, onde se reuniu com vereadores e falou sobre a situação. A avaliação do decreto de emergência está sendo feito pelo COI-SRAG (Conselho de Operações de Emergência) que foi ativado recentemente.

“Essa ação tenta mitigar e prevenir, para que a população tenha bastante consciência, porque os postos estão superlotados, estamos demorando em média duas a três horas para atendimento. Bastante sobrecarregados, por isso instauramos o COE – Centro de Operações de Emergência, como estratégia com os hospitais e OS para dar atendimentos para toda população”, disse a secretária.

Apesar do cenário ser menos grave do que no ano passado, há aumento nos casos de internação de crianças. Para evitar espera em fila, a Sesau negocia a abertura de 10 leitos na Santa Casa. De acordo com a Sesau, são 120 pacientes regulados por dia, sendo 20% crianças.

Abertura de novos leitos

Em entrevista nesta segunda-feira (29), a Sesau informou que corria contra o tempo para abrir novos leitos.

Conforme a secretária de Saúde, Rosana Leite, na última semana a Capital teve um aumento “exorbitante” de casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave). “Nossos hospitais estão superlotados e a maioria são crianças. As nossas UPAs, hoje, a gente fala que são verdadeiros pequenos hospitais”, explica.

Em Mato Grosso do Sul, já são 5 óbitos pela Influenza em 2024. A secretaria está viabilizando a abertura de novos leitos pediátricos na Santa Casa, mas ainda esbarra na questão de recursos humanos. O local sinalizou aproximadamente 10 leitos.

A secretaria ainda ressalta as medidas para evitar a propagação da gripe. “Nesse aumento de casos respiratórios é importante as medidas não farmacológicas, uso de máscara, lavagem de mãos e evitar sair com esses bebês tão pequenos”, diz.

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