Sem trégua: MS permanece sob alerta vermelho para onda de calor e baixa umidade do ar

Em meio às condições extremas de calor e baixa umidade, a previsão é de que talvez ocorra chuva no fim de semana em MS

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Imagem ilustrativa. (Arquivo, Midiamax)

Nesta quarta-feira (11), prevalece em Mato Grosso do Sul o tempo extremamente seco e quente. Devido às condições meteorológicas, o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) renovou quatro alertas de perigo, sendo dois deles considerados mais graves e classificados como alerta vermelho para onda de calor e baixa umidade relativa do ar. No Estado, já foram registrados recordes de umidade na mínima de 7%.

Toda a extensão do território de Mato Grosso do Sul sofre com as condições extremas do tempo, bem como outras regiões do país. Isso se deve, principalmente, à falta de chuvas e a uma seca histórica que se estende em 2024.

Segundo o Inmet, as temperaturas estão 5°C acima da média histórica, enquanto a umidade do ar está extremamento baixa, abaixo dos 12%, considerada um risco para a saúde e meio ambiente. Confira os alertas no mapa:

Reprodução Inmet

A título de comparação, a população sul-mato-grossense enfrenta condições piores que a do Saara. Nas últimas semanas, o deserto do Saara registrou índices de umidade acima de 36%, segundo informações do MetSul.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a umidade do ar ideal para a saúde dos seres humanos deve estar entre 50 e 60%. Por isso, quando o índice fica entre 21% e 30%, já é decretado o estado de atenção. Logo, com os índices na faixa de 12% para baixo, a população deve tomar mais cuidados.

Quando chove?

Em meio à baixa umidade do ar, onda de calor e ar poluído pela fumaça dos incêndios florestais, uma pergunta prevalece: quando chove em Mato Grosso do Sul? Conforme a previsão dos principais órgãos de meteorologia, estima-se que, ao longo do mês, possam ocorrer chuvas significativas, mas apenas no sul do Estado.

Enquanto isso, quando pensamos em chuva a curto prazo, o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de MS) aponta a probabilidade de chuva no fim de semana. Entretanto, o órgão não estabelece previsão exata ou precipitação esperada.

Conforme divulgado, haverá mudanças no tempo devido ao avanço de uma frente fria aliado ao intenso transporte de calor e umidade, juntamente com a atuação de um sistema de baixa pressão atmosférica no Paraguai.

Esses sistemas meteorológicos deverão favorecer aumento de nebulosidade, probabilidade para chuvas e queda nas temperaturas, com destaque para as regiões sul, sudeste, central, sudoeste e oeste do Estado.

A partir de quinta-feira (12), a previsão indica tempo firme com sol, porém com o aumento de nebulosidade, principalmente na metade sul e oeste do Estado. Em relação às temperaturas, são previstas mínimas entre 21-24°C e máximas entre 34-39°C para as regiões sul, sudeste, bolsão e leste. Ou seja, o calorão ainda prevalecerá, mas talvez a onda de calor vá embora.

Nas regiões pantaneira, sudoeste e norte esperam-se mínimas entre 22-27°C e máximas entre 35-40°C. Em Campo Grande, mínimas entre 23-25°C e máximas entre 35-37°C.

Recordes de baixa umidade

Neste mês de setembro, um dos mais secos e quentes do ano, quatro cidades de Mato Grosso do Sul bateram recorde com as menores umidades relativas do ar, com a mínima de 7%, informou o Inmet, em balanço divulgado nesta terça-feira (10).

Conforme os dados, o recorde de 7% foi registrado em Coxim, Paranaíba, Sonora e Três Lagoas, em diferentes datas desses primeiros dez dias do mês.

Na sequência desses locais, também houve umidades do ar extremamente baixas em outros municípios, a exemplo de Água Clara, Costa Rica e Porto Murtinho, com 8%. Na lista, Campo Grande aparece em um cenário menos pior, com recorde de 10% registrado nesses primeiros dias de setembro.

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