Sem câmeras para inibir moradores, descarte ilegal de lixo vira prática frequente em Campo Grande
Campo Grande interrompeu medida que previa instalação de câmeras em pontos críticos
Lethycia Anjos –
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Restos de construções, entulhos e até animais mortos: em toda Campo Grande, os ‘lixões’ a céu aberto se incorporaram à paisagem cotidiana da cidade. Um dos pontos mais críticos está na calçada da Escola Municipal Irene Szukala, no bairro Aero Rancho, onde estudantes precisam atravessar o lixo para chegar à escola a pé.
Em setembro de 2023, o Jornal Midiamax visitou o local e constatou de perto o acúmulo de lixo em frente à escola, localizada na Rua Iemanjá, na lateral da Avenida Raquel de Queiroz. Na época, uma placa destacava a proibição do descarte de lixo, dando ênfase que a prática é passível de multa.
Segundo, uma moradora a prefeitura tem limpado o local, mas da noite para o dia, os moradores desrespeitam e o lixo “retorna” à calçada.
Nem placas impedem descarte irregular
Na tentativa de coibir o descarte ilegal, a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano), instalou placas ressaltando a proibição e anunciou a instalação de câmeras de vigilância no local e em diversos outros pontos considerados ‘críticos’ na cidade, no entanto, o projeto nunca tomou forma e foi interrompido pela prefeitura.
De volta ao local, após cinco meses, o lixão persiste como um problema crônico e sem solução, visto que a má educação por parte da população é um dos fatores envolvidos.
Projeto terreno limpo
Anunciado em março de 2023, o projeto ‘Terreno Limpo’ tinha como objetivo eliminar os lixões clandestinos da cidade até o final de abril. A iniciativa incluía a ampliação dos ecopontos de cinco para 50 e a instalação de câmeras em locais críticos.
O problema do ‘lixão’ da escola no Aero Rancho é tão frequente que o lançamento do programa foi realizado na frente da unidade escolar. Na época, foi instalada uma câmera de segurança para monitorar o descarte irregular e a calçada da escola, a propósito, foi local do lançamento do projeto.
Quase um ano depois, a Semadur comunicou a interrupção do projeto, sem fornecer detalhes sobre os motivos da suspensão. No entanto, a pasta destaca que mantém fiscalização constante nas sete regiões da cidade.
Embora a remoção dos resíduos em vias públicas e calçadas seja frequente, a Sisep ressalta que, mesmo com as ações de limpeza e fiscalização, a população segue descartando entulhos nos mesmos pontos, como evidenciado na Escola Irene Szukala, que passou por uma nova limpeza nesta semana.
“Após uma limpeza realizada cerca de 60 dias atrás, o local já apresentava novamente acúmulo de entulhos’. Uma nova operação de limpeza e remoção de resíduos foi realizada nesta semana na referida localidade”, afirma a pasta.
Já a Semadur destaca que as ações de fiscalização são realizadas diariamente, no entanto, pontua que se não houver flagrante não é possível a identificação do autor e, portanto, a responsabilização e autuação do mesmo.
Como denunciar?
Caso presencie o descarte irregular de resíduos, a Semadur orienta ao cidadão acionar a Guarda Civil Metropolitana por meio do telefone 153, para que o autor seja autuado em flagrante por crime ambiental e penalizado por infração ambiental.
Campo Grande também conta com ecopontos em que pode ser feito o descarte de lixo. Confira os endereços:
- Panamá: Rua Sagarana com a Av. José Barbosa Hugo Rodrigues
- Noroeste: Rua Piraputanga, esquina com rua Guarulhos
- Nova Lima: Rua Pacajus, 194
- União: Avenida Roseira, 912
- Moreninhas: Rua Copaíba, 640
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