Saúde tem média de 5 mil consultas por dia com surto de gastroenterite e seca extrema

Na rede pública de Campo Grande, média de espera por atendimento é de 4 horas

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Videomonitoramento das unidades de saúde (Foto: Alicce Rodrigues/]Jornal Midiamax)

Campo Grande vive há semanas um surto de doenças gastrointestinais, com registro de aumento de 157% nos casos em relação ao mesmo período do ano passado. Aliado a isso, o clima extremamente seco e quente contribui para a proliferação de doenças respiratórias. Como consequências, as unidades de saúde estão lotadas.

Na rede pública de saúde, a espera por atendimento nas classificações verde e azul tem média de 4 horas. De acordo com a Sesau (Secretaria de Saúde de Campo Grande), atualmente chega a média de 5 mil atendimentos por dia, sendo que o normal são 3 mil atendimentos/dia.

Também é maior a demanda por atendimento das equipes móveis que percorrem as unidades de saúde. Na semana passada, foram 30 acionamentos, sendo que normalmente são 8. Só na terça-feira (10), foram 27 acionamentos da equipe móvel.

Campo Grande tem 10 unidades UPA e CRS, somando 220 leitos, e mais 74 UBSFs, sendo que 34 delas têm horário estendido até às 19h.

Secretária Rosana Leite (Foto: Alicce Rodrigues/ Jornal Midiamax)

Atenção aos grupos de risco

Secretária de saúde de Campo Grande, Rosana Leite explica que a Sesau elaborou um manual de altas temperaturas, que está sendo aplicado esse ano, com orientações com para idosos e crianças. Grupos de risco devem redobrar atenção neste período.

Devido ao clima extremo, é importante redobrar os cuidados com quem está nos grupos de risco, isso porque essas pessoas têm mais chances de desidratação. Ela ainda afirma que a orientação nas unidades de saúde é realizar testes de Covid-19.

Isso porque há aumento de casos de Covid-19 pelo país e gastroenterites são sintomas atuais da doença. “Não assustem se pedirem testes de Covid-19, faz parte de um novo protocolo”, diz a secretária.

Quando procurar a unidade de saúde?

Dor de garganta, rinite, mal-estar e sintomas leves em pessoas fora do grupo de risco não são motivos suficientes para ir às unidades de saúde. A secretária afirma que, nesses casos, a recomendação é tomar dipirona e aguardar a melhora de dois a quatro dias.

Após esse período, caso os sintomas persistam, o paciente deve procurar a unidade de saúde. Mas grupos de risco devem ficar atentos.

Crianças, por exemplo, desidratadas precisam ir à unidade de saúde. Já idosos costumam esquecer de tomar água e acabam desidratando. É aconselhável colocar garrafa de água para bater meta diária.

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