Neste domingo (21) todo o Hemisfério Sul poderá observar o “Cometa do Diabo”, cuja nomenclatura oficial é 12P/Pons-Brooks. Este é um cometa periódico, tal qual o Halley, e pode ser visto em intervalos de aproximadamente 71,3 anos, tempo que leva para completar uma volta em torno do Sol.
Porém, para observá-lo, será necessário o uso de binóculos ou telescópios. Há possibilidade de que ele seja visível a olho nu, porém isso não é uma certeza, porque a intensidade do brilho desses objetos podem ser imprevisíveis.
A direção e horário para observação e após o pôr do sol em sua mesma direção, a 15 graus no oeste. Ele aparece primeiramente abaixo da constelação de Touro, e a partir de maio, poderá ser visto abaixo da constelação de Órion, sempre por volta das 17h40 às 18h30 (horário de MS).
Quem quiser ver o ‘Cometa do Diabo’ deve encontrar um horizonte oeste livre, visto que o cometa está muito baixo no céu.
Por que ‘Cometa do Diabo’?
Não, não há relação com mensagens malignas ou coisas do tipo.
Em 20 de julho de 2023, o astrônomo Elek Tamás, do Observatório Harsona na Hungria, fez uma observação intrigante. Ele percebeu que um cometa estava consideravelmente mais brilhante do que o esperado. A causa desse brilho intenso provavelmente foi uma explosão ou “outburst” no cometa, liberando gás e poeira de forma inesperada. Essa explosão também distorceu a coma do cometa, dando-lhe uma forma peculiar em ferradura ou chifres. Por esse motivo, muitos meios de comunicação apelidaram o objeto de “Cometa do Diabo”.
Além disso, a aparência do cometa chamou a atenção. Sua forma levou algumas pessoas a compará-lo à icônica nave Millennium Falcon da franquia Star Wars.
O que são os cometas
De forma geral, os cometas estão constituídos de gases congelados, rocha e poeira. À medida que os cometas se aproximam do Sol, eles se tornam ativos. Isso ocorre porque o calor intenso do astro aquece o cometa rapidamente, fazendo com que o gelo presente em sua superfície se transforme diretamente em gás.
Esse processo é conhecido como ‘sublimação’. Como resultado, forma-se uma nuvem de gás e poeira ao redor do cometa, chamada de ‘coma’.
