Receitas caseiras ou repelente de farmácia? Saiba a diferença na hora de combater o mosquito da dengue
Produtos como a citronela podem desencadear crises respiratórias em pessoas com asma e bronquite
Liana Feitosa –
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O número de casos de dengue preocupa e com isso as pessoas têm buscado diferentes medidas para combater a doença. Mas, você sabe como os repelentes agem e quais receitas caseiras realmente funcionam no combate às picadas do mosquito da dengue? O Jornal Midiamax conversou com a farmacêutica Daniely Proença, presidente do CRF-MS (Conselho Regional de Farmácia de MS) para tirar essas dúvidas e saber mais dicas de proteção contra o Aedes aegypti.
De acordo com a especialista, que é pós-graduada em Farmácia Clínica, Prescrição Farmacêutica e Fitoterapia, os repelentes agem entupindo os poros das antenas dos mosquitos, o que faz com que eles não consigam sentir nosso cheiro. Sem poder sentir o odor humano, eles não conseguem chegar até nossa pele.
Receitas caseiras
Dessa forma, tem gente que usa receitas feitas em casa para tentar se livrar da ação do mosquito. “Se a pessoa está buscando por repelente caseiro para afastar o mosquito, e está usando produtos como cravo, limão, entre outros, embora sejam mais acessíveis, vale lembrar a falta de eficácia comprovada dessas receitas por estudo ou recomendações da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)”, pontua a especialista.
Ela ainda alerta que, mesmo que alguns componentes naturais façam parte de alguns produtos vendidos nas farmácias e mercados, não existe uma padronização da concentração ou da duração dessas receitas, e elas ainda podem gerar irritações ou até alergias.
“Quando são utilizadas plantas ou outros componentes que não são conhecidos, apontados como opções milagrosas, o risco de alergias é ainda maior e trazem risco para algumas pessoas como mal-estar e dores de cabeça”, aponta a farmacêutica.
“A citronela, que é um dos componentes mais disseminados para o uso de repelente caseiro, pode desencadear crises respiratórias de pessoas que têm doenças como asma e bronquite. Além disso, a ação dela tem uma duração muito curta e, como tem um odor muito forte, dependendo do ambiente você também pode provocar irritação nas mucosas”, detalha Daniely.
Outro problema é a utilização do álcool, uma substância bastante utilizada nessas receitas. “Sem ser colocado na medida correta, a gente sabe dos riscos. Com a falta de controle, ele pode ser bastante perigoso, causando irritação na pele”, completa.
Usando com segurança
Para aproveitar devidamente o potencial dos repelentes, a farmacêutica dá as dicas:
- Leia a composição para saber o mais indicado para você. Atualmente existem três substâncias que são permitidas e reguladas pela Anvisa em produtos de uso tópico, que é o que a gente pode passar na pele: a icaridina, o IR35 e o DEET. A diferença entre esses produtos é basicamente o tempo de duração e a recomendação de uso. A icaridina deriva da pimenta e tem duração de 10 horas, então ela pode ser aplicada uma vez ao dia. O DEET tem duração de 4 horas; e o IR35 dura entre 2 e 4 horas, depende da concentração, além de ser o único repelente que é utilizado para uso em crianças entre 6 meses e 2 anos.
- Caso você queira uma fórmula diferenciada. Você pode procurar as farmácias magistrais, que são as farmácias de manipulação, caso queira um produto personalizado. Nelas você consegue ver a melhor fórmula farmacêutica para atender sua necessidade.
- Sobre a absorção do produto. O spray é o que oferece absorção mais rápida, geralmente é o preferido para utilizar nas crianças porque é mais fácil a aplicação. As mulheres tendem a preferir pelo creme, porque tem aquela maior proteção na hidratação.
- A ordem correta de utilização dos produtos na pele. O repelente deve ser utilizado sempre por último, usado após 10 minutos da aplicação do último produto. Então, depois do meu filtro solar, depois do perfume, do hidratante, por exemplo. “Depois que eu passei todos os produtos que eu tenho o costume de utilizar, eu espero mais ou menos uns 10 minutos, aí eu utilizo o repelente. A repetição da aplicação vai depender da substância, da marca e principalmente da concentração do repelente”, finaliza a especialista.
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