Primordial em todas as fases da vida, vacinação tem declínio na fase adulta e especialista explica o motivo

Especialista explica os fatores que interferem na procura dos adultos por vacinação

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Vacinação
Vacinação em Campo Grande (Nathalia Alcântara, Jornal Midiamax)

A vacinação é o método mais seguro e eficaz no combate de doenças em todo o mundo. No entanto, a partir de 2016 – principalmente durante a pandemia da Covid-19 – houve um declínio preocupante na busca por imunizantes, principalmente entre adolescentes e adultos.

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Conforme a superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Veruska Lahdo, isso se deve a alguns fatores, incluindo a crescente divulgação de Fake News acerca das vacinas.

Pensando nisso, há quase dois anos, o Ministério da Saúde e as secretarias têm intensificado as campanhas de incentivo à vacinação. O resultado é um aumento progressivo na aplicação dos imunizantes que compõem o calendário básico.

Um exemplo disso são os dados do Ministério da Saúde acerca da cobertura vacinal em Mato Grosso do Sul. Em 2023, a aplicação da BCG, vacina que previne contra as formas graves da tuberculose, ficou abaixo da meta da cobertura vacinal. A meta era 92,54%, mas apenas 85,51% das crianças nascidas receberam a imunização.

Por outro lado, até o dia 18 de outubro de 2024, Mato Grosso do Sul já superou a meta ao imunizar 92,54% da população nascida este ano.

Adultos compõem a população que menos se vacina

O índice de vacinação é bem alto entre crianças recém-nascidas e na primeira infância, o que reforça a preocupação dos pais com a saúde dos filhos. Porém, quando elas crescem, chegando na pré-adolescência, a busca por determinados imunizantes começa a cair.

E isso se reflete na fase adulta, já que muitas pessoas não têm o hábito de se imunizar, mesmo com as doses disponíveis nas unidades de saúde. O hábito de se imunizar retoma, consideravelmente, quando a pessoa chega na terceira idade, fase em que volta a viver mais vulnerável às doenças.

Isso se confirma ao analisar o painel de cobertura vacinal do Ministério da Saúde. Quando se observa o balanço de vacinas obrigatórias na primeira e segunda infância, todas tiveram mais de 80% de adesão. O cenário muda quando se observa a aplicação da vacina dTpa na fase adulta, por exemplo, quando apenas 50,84% foi aplicada, indo na contramão da meta, que é de 95%.

Baixa procura

Adultos precisam dos imunizantes tanto quanto crianças. Porém, com a rotina, informações falsas sobre elas, e aquele pensamento de que nada acontecerá, diminuiu a procura desse público.

Conforme a coordenadora da imunização estadual, Ana Paula Goldfinger, crianças e adolescentes são ótimos agentes de saúde. Por isso, se forem bem orientadas pelos pais, terão maior consciência sobre a importância da vacinação e, na fase adulta, não serão inadimplentes com a própria imunização.

A especialista ressalta ainda que é essa falta de consciência que contribui para uma queda considerável no número de doses aplicadas em todo o Brasil, já que existe uma baixa procura entre jovens e adultos pelos serviços de saúde.

“Considerando esse fator, associado aos esquemas vacinais que por sua vez são realizados em duas e até mesmo três doses e em intervalos que podem ser de até 180 dias entre as doses, o espaçamento entre as doses e o número de doses para considerar o indivíduo como tendo o seu esquema completo também se torna um fator que leva a falta de completude dos esquemas vacinais entre jovens e adultos”, explica.

A vacinação é uma estratégia de saúde pública que pode ser considerada um dos melhores investimentos em termos de custo-benefício, pois protege a pessoa vacinada e também as que não desenvolvem imunidade. Além disso, contribui para o controle e eliminação de doenças causadas por bactérias ou vírus, evitando a propagação de doenças que podem levar à morte ou a sequelas graves. Neste sentido, a falta da vacinação pode levar a consequências negativas para saúde pública.

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