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Cotidiano

Prestes a ser extinto no RS, cervo-do-Pantanal vive ‘oásis’ em Mato Grosso do Sul

Cervo-do-Pantanal é considerado como vulnerável na escala de extinção tanto pela lista nacional do ICMBio quanto pela IUCN
Fábio Oruê -
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Cervo-do-Pantanal (Reprodução, IHP)

O Instituto Curicaca divulgou na quinta-feira (21) um estudo que mostrou que os cervos-do-Pantanal podem desaparecer em até 5 anos no Rio Grande Sul. Entretanto, apesar da vulnerabilidade, a maior parte da população da espécie está em abundância no solo pantaneiro.

O alerta é baseado em estudos continuados de cientistas ligados à UFRGS (Universidade Federal do ). O Curicaca é uma entidade civil parte do programa de conservação do mamífero no estado sulista, o Procervo.

O cervo-do-Pantanal é considerado como vulnerável na escala de extinção tanto pela lista nacional do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) quanto pela IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza).

Entretanto, apesar da situação extrema no sul, a espécie tem um panorama melhor em Mato Grosso do Sul. Conforme o Instituto Onçafari, a densidade populacional do cervo-do-Pantanal é mais abundante no Pantanal (Mato Grosso do Sul e Mato Grosso) e na Ilha do Bananal, em Tocantins.

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Distribuição da população de cervos-do-Pantanal (Fonte: IUCN)

Originalmente, a espécie ocorria desde o sul do rio Amazonas até o norte da Argentina, habitando grandes áreas no Brasil central, no Peru, na Bolívia e no Paraguai, porém suas populações foram drasticamente reduzidas.

Mudança de comportamento para sobreviver

As ameaças ao mamífero são a caça, ataques de cães domésticos e suposta fiscalização precária. O estudo mostrou que os hábitos dos animais se tornaram mais noturnos tentando driblar os riscos.

Originalmente, os cervos-do-Pantanal possuem hábitos diurnos, com picos de atividade no início da manhã e final da tarde, evitando horários mais quentes.

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Imagem do cervo-do-Pantanal capturada por drone (Ismael V. Brack, UFRGS)

Conforme o portal O Eco, algumas análises vêm quantificando os cervos com imagens térmicas de drones. O número de animais teria caído pela metade no sul: de 17, em 2022, para 8, em 2023.

Gestora das unidades estaduais de conservação, a Sema (Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do Rio Grande do Sul) reconhece a importância do estudo sobre declínio da população de cervos, “ainda não publicado em revista científica”, e afirma que se reuniu com o orientador do trabalho para sugerir alterações na metodologia de amostragem da espécie.

“As populações pesquisadas são ativas e requerem análises mais efetivas, com o auxílio de outros equipamentos além de drones, como câmeras trap, conhecidas como armadilhas fotográficas, já utilizadas pelo parque no monitoramento das espécies que ali habitam”, detalha.

O cervo-do-Pantanal vive em áreas pantanosas e em savanas que sazonalmente ficam inundadas. No Pantanal, a espécie se dispersa na cheia e concentra-se perto de rios e áreas alagadas na seca. É no momento de seca que os cervinhos nascem, entre maio e julho.

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Cervo-do-Pantanal (Reprodução, IHP)

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