Prefeitura de Cassilândia abrirá processo administrativo para apurar morte de criança engasgada em creche 

Procurador do município afirmou que caso foi uma fatalidade e que a princípio não há responsabilização de servidores, mas caso vai ser investigado

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A prefeitura de Cassilândia, cidade a 430 km de Campo Grande, deve abrir processo administrativo na quarta-feira (5) para apurar a morte do menino João Lucas Fachini Ferraz, de 3 aninhos, após se engasgar na creche municipal. A prefeitura ainda decretou luto oficial de três dias, sendo eles esta terça-feira (4), quarta-feira (5) e quinta-feira (6).

A informação foi repassada pelo procurador do município Donizete Ferreira Gonçalves, durante entrevista no fim da manhã à Rádio Patriarca.

Ele lamentou o ocorrido afirmando ter sido uma fatalidade e que todos da prefeitura, incluindo funcionários da creche estão abalados com a situação.

“Tive essa dor em casa. É um sentimento inexplicável”, comentou ao relembrar uma situação semelhante na família. 

Ainda segundo Donizete, está sendo oferecido apoio à família e à investigação policial. “Amanhã vamos abrir um procedimento administrativo para averiguar se houve responsabilidade de algum servidor, mas já tenho a informação de que não houve. A criança estava se alimentando normalmente com os coleguinhas e só foi percebido quando ela caiu”, explicou.

“É uma dor também da sociedade. Temos que ser solidários”, disse.

Ainda durante a entrevista na rádio foi lembrada a Lei Lucas (Lei Federal nº 13.722). Esta lei, sancionada em 2018, determinou que é obrigatória a capacitação de noções básicas de primeiros socorros de funcionários de escolas, incluindo professores.

Na creche havia um funcionário, fisioterapeuta, que possui o curso de primeiros socorros e tentou a reanimação da criança, porém como continuava sem reação, João foi socorrido, mas morreu após dar entrada na Santa Casa.

João estava no Centro de Educação Infantil quando na hora do lanche, segundo o relato de funcionários à polícia, foi servido bolo e iogurte para todas as crianças e João engasgou.

Ele foi socorrido por um dos funcionários que efetuou manobras de primeiros socorros, mas como não estava reagindo, foi levada ao hospital, onde morreu pouco tempo depois.

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