SAS diz que fará nova abordagem à família venezuelana acampada em rotatória

Com 4 filhos e 8 cachorros, família está há cinco dias em canteiro de Campo Grande

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Acampamento da família (Madu Livramento, Jornal Midiamax)

Na manhã desta segunda-feira (21) uma reportagem do Jornal Midiamax apresentou a história de uma família venezuelana que está há cinco dias acampada na rotatória localizada entre a Avenida Pref. Lúdio Martins Coelho e a Duque de Caxias, na Vila Alba, em Campo Grande.

Debaixo de duas barracas reside a família, composta por um casal, quatro crianças – de 14, 12 e os gêmeos de 10 anos – além de oito cachorros de estimação. No último trecho de sua viagem, vieram de Corumbá a Campo Grande caminhando, em um percurso considerado perigoso.

Atualmente, a família está sobrevivendo de doações. Durante a entrevista, afirmaram que foram abordados pela equipe da assistência social do município, que prestaram orientações sobre como tirar a documentação necessária para iniciar a procura por emprego.

A Prefeitura Municipal, por meio de nota, afirmou que realiza trabalho diário de abordagem à população em situação de rua, nas sete regiões da cidade.

“A Secretaria de Assistência Social (SAS) informa que realiza um trabalho diário de abordagem à população em situação de rua nas sete regiões da Capital. O Município conta com o Serviço Especializado em Abordagem Social (SEAS), quando intensifica as abordagens em períodos de fortes chuvas ou frio. Os técnicos monitoram os serviços de meteorologia para fortalecer e reforçar a busca ativa e oferta de acolhimento”, inicia a nota.

Em relação à família mencionada, a SAS informou que foram realizadas neste mês de outubro duas abordagens, sendo nos dias 18 e 19, quando a família de venezuelanos não teria aceitado o acolhimento. “Segundo eles, somente necessitam de documentos para seguirem viagem para Corumbá. Neste sentido, a Secretaria está fazendo o acompanhamento da família, inclusive, reforçando a orientação para aceitarem o acolhimento, visto que os trâmites para regularizar a documentação demandam tempo”, diz a nota.

Segundo a SAS, a equipe fará uma nova abordagem hoje, quando poderá encaminhar a família para o Centro Pop ou diretamente para a Polícia Federal, para ser solicitada a regularização dos documentos.

A nota, porém, lembra que, conforme a Política de Assistência Social, as equipes da SAS fazem a oferta dos serviços às pessoas em situação de rua, que têm por opção aceitar ou não os serviços da Rede. As recusas de atendimento são um direito garantido pela Constituição Federal de 1988, em seu Art. 5º, Inciso XV.

Família afirma desejar permanência em Campo Grande

Embora a nota da SAS afirme que a família “somente necessitam de documentos para seguirem viagem para Corumbá”, a mulher disse à reportagem que deseja permanecer em Campo Grande.

“Não pretendemos sair daqui, então, quem puder ajudar nossa família pode nos encontrar aqui. Pretendo sair só quando encontrarmos uma casa para morar. Esse é meu maior sonho”, disse.

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