Saiba como identificar sinais de abuso e agressão em crianças pequenas

O primeiro sinal é uma possível mudança no padrão de comportamento da criança

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acidente
Imagem ilustrativa de crianças (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

Investigação sobre agressão e estupro contra criança de 5 anos, dentro de uma escola de Campo Grande, está em andamento. O caso, divulgado com exclusividade pelo Jornal Midiamax, gerou grande repercussão e apreensão entre mães e pais da Capital, mas é importante destacar quais os sinais para identificar que algo não vai bem com a criança.

Vale lembrar que o nome da escola não foi e nem será divulgado pelo Jornal Midiamax, em atendimento ao ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), a fim de preservar a identidade de eventuais vítimas.

Nesse contexto, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania disponibiliza o Disque Direitos Humanos – Disque 100, destinado a receber demandas relativas a violações de Direitos Humanos, especialmente as que atingem populações em situação de vulnerabilidade social.

O serviço pode ser considerado como “pronto-socorro” dos direitos humanos e atende a graves situações de violações que acabaram de ocorrer ou que ainda estão em curso, acionando os órgãos competentes e possibilitando o flagrante. Qualquer pessoa pode reportar alguma notícia de fato relacionada a violações de direitos humanos, da qual seja vítima ou tenha conhecimento. 

Como identificar indícios de abusos em crianças?

A ONG (Organização Não Governamental) Childhood Brasil, um braço de entidade sueca em defesa dos direitos da criança, traz que, desde 2017, a sanção da Lei 13.431/2017 trouxe avanços para políticas de repressão a abuso sexual infantil, dentre outros. O dispositivo estabelece o sistema de garantia de direitos da criança e do adolescente vítima ou testemunha de violência e, em prática, estabelece método para ouvir eventuais vítimas de forma mais qualificada.

Nesse sentido, a instituição destaca dez comportamentos – cujo texto é reproduzido a seguir – que podem ser indícios de violências, inclusive sexual, para os quais precisam estar atentos.

Mudanças de comportamento

O primeiro sinal é uma possível mudança no padrão de comportamento da criança, como alterações de humor entre retraimento e extroversão, agressividade repentina, vergonha excessiva, medo ou pânico. Essa alteração costuma ocorrer de maneira imediata e inesperada. Em algumas situações a mudança de comportamento é em relação a uma pessoa ou a uma atividade em específico.

Proximidades excessivas

A violência costuma ser praticada por pessoas da família ou próximas da família na maioria dos casos. O abusador muitas vezes manipula emocionalmente a criança, que não percebe estar sendo vítima e, com isso, costuma ganhar a confiança fazendo com que ela se cale.

Comportamentos infantis repentinos

É importante observar as características de relacionamento social da criança. Se o jovem voltar a ter comportamentos infantis, os quais já abandonou anteriormente, é um indicativo de que algo esteja errado. A criança e o adolescente sempre avisam, mas na maioria das vezes não de forma verbal.

Silêncio predominante

Para manter a vítima em silêncio, o abusador costuma fazer ameaças de violência física e mental, além de chantagens. É normal também que usem presentes, dinheiro ou outro tipo de material para construir uma boa relação com a vítima. É essencial explicar à criança que nenhum adulto ou criança mais velha não deve manter segredos com ela que não possam ser compartilhados com pessoas de confiança, como o pai e a mãe, por exemplo.

Mudanças de hábito súbitas

Uma criança vítima de violência, abuso ou exploração também apresenta alterações de hábito repentinas. O sono, falta de concentração, aparência descuidada, entre outros, são indicativos de que algo está errado.

Comportamentos sexuais

Crianças que apresentam um interesse por questões sexuais ou que façam brincadeiras de cunho sexual e usam palavras ou desenhos que se referem às partes íntimas podem estar indicando uma situação de abuso.

Traumatismos físicos

Os vestígios mais óbvios de violência sexual em menores de idade são questões físicas como marcas de agressão, doenças sexualmente transmissíveis e gravidez. Essas são as principais manifestações que podem ser usadas como provas à Justiça.

Enfermidades psicossomáticas

Unidas aos traumatismos físicos, enfermidades psicossomáticas também podem ser sinais de abuso. São problemas de saúde, sem aparente causa clínica, como dor de cabeça, erupções na pele, vômitos e dificuldades digestivas, que na realidade têm fundo psicológico e emocional.

Negligência

Muitas vezes, o abuso sexual vem acompanhado de outros tipos de maus tratos que a vítima sofre em casa, como a negligência. Uma criança que passa horas sem supervisão ou que não tem o apoio emocional da família estará em situação de maior vulnerabilidade.

Frequência escolar

Observar queda injustificada na frequência escolar ou baixo rendimento causado por dificuldade de concentração e aprendizagem. Outro ponto a estar atento é a pouca participação em atividades escolares e a tendência de isolamento social.

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