Quem procurou a sede do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) nesta quarta-feira (17), em Campo Grande, foi pego de surpresa e teve de voltar para a casa sem conseguir atendimento no setor de perícias. Em uma folha colada na porta, comunicado informa sobre paralisação nacional dos servidores, que protestam por reajuste salarial. 

Há três meses, Roselene dos Santos Rodrigues, de 58 anos, teve perícia média agendada para esta quarta-feira. Sem saber da paralisação, veio de Coxim até Campo Grande para a consulta, mas só aqui descobriu ter feito viagem à toa. “Vim de ônibus e agora não sei o que fazer porque o próximo é só 17h e eu não tenho família aqui”, comentou.

Outra mulher, de 54 anos, que preferiu não ser identificada, contou que a perícia de hoje foi agendada há dois meses. “O pessoal da equipe federada me ligou na segunda-feira e confirmou para hoje 10h20. Fui pega de surpresa”, detalhou.

Irritada, ela conta que está afastada por problemas de saúde e não tem condições de retornar ao trabalho.

A mesma situação aconteceu com outra trabalhadora que procurou atendimento no Instituto pela manhã. “Essa perícia estava agendada há cerca de um mês e ontem me ligaram para confirmar. Vim de carona com meu vizinho e agora vou ter que voltar para casa de ônibus e sem atendimento”, relatou. 

Paralisação nacional

A paralisação que acontece em Campo Grande se repete em todo o Brasil, e é a primeira de três que estão programadas para acontecer em janeiro. Os peritos pedem reajuste salarial de 23% mais a contratação de 1.500 novos peritos.