Para promover inclusão, atletas e famílias se reúnem em ‘Giro Inclusivo’ no Parque Ayrton Senna

A ação reuniu famílias, entre crianças e adultos, no Parque Ayrton Senna

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Participantes do evento (Foto: Beatriz Magalhães, Midiamax).

“Hoje eu estou vindo aqui para apresentar essa categoria, que é a handbike. O ciclismo em si é muito importante para pessoas com deficiência ou não. Então eu recomendo para quem tem uma deficiência ou limitação a conhecer o esporte adaptado, a handbike”, compartilhou Alysson, conhecido como Braço de Ferro, de 33 anos.

Da cidade de Caarapó, ele é atleta de handbike há 3 anos e conheceu o esporte através de um amigo, então decidiu ter uma bike adaptada por lazer. 

“Mas fui gostando e hoje participo de competições dentro e fora do estado”, relata ao Midiamax

Alysson, conhecido como Braço de Ferro (Foto: Beatriz Magalhães, Midiamax).

Agora o objetivo dele é transformar a modalidade em esporte conhecido em Mato Grosso do Sul, já que atualmente é o único atleta que representa o MS na modalidade. 

O evento

Alysson foi um dos atletas que mostrou um pouco de suas habilidades esportivas no Giro Inclusivo, evento promovido neste domingo (29) no Parque Ayrton Senna, no bairro Aero Rancho, em Campo Grande. A ação reuniu famílias, entre crianças e adultos, e contou com a distribuição de frutas, água, algodão doce e pipoca para o público.

Entre as modalidades apresentadas, além do ciclismo, também estavam basquete em cadeira de rodas, queimada, futebol de cegos e caminhada.

Segundo a organização, o evento reuniu cerca de 300 pessoas. “Nosso objetivo é promover a inclusão, acessibilidade e o esporte na vida das pessoas com deficiência. Isso ajuda em tudo, na saúde física e mental”, explica a fisioterapeuta Caroline Siqueira, de 34 anos, organizadora do evento.

A iniciativa começou por meio do projeto Giro Inclusivo, que leva o ciclismo às escolas, e a data do evento no parque foi escolhida de maneira intencional. “Setembro é o mês da pessoa com deficiência, o mês alusivo”, completa.

Espaço de troca

José Aparecido, presidente do Ismac; Benilce de Araújo, diretora de esporte Ismac e Caroline Siqueira. (Foto: Beatriz Magalhães, Midiamax)

Para o presidente do Ismac (Instituto Sul Matogrossense para Cegos Florivaldo Vargas), José Aparecido, o evento é uma oportunidade de inclusão.

“A ideia é trazer, mostrar um pouquinho de cada esporte, um pouquinho do que cada tipo de deficiência pode fazer.  Esperamos, sinceramente, que possamos fazer mais eventos como esse em espaço aberto, onde a comunidade venha e conheça um pouquinho de cada deficiência, um pouquinho de cada trabalho”, detalha.

“É o momento de a gente estar trazendo isso para a sociedade, para que a sociedade saiba que a gente pode estar incluído, pode estar participando, pedalando, jogando futebol, o pessoal da cadeira, do basquete de cadeira de rodas e tudo mais. Então, assim, esse é um momento importante não só para nós, mas para a comunidade estar nos vendo também”, amplia o presidente.

O atleta Gilvan da Silva, de 41 anos, também é ciclista e, assim como Alysson,  começou no esporte por influência de um amigo. Ele começou a praticar o esporte em 2020 e, já em 2021, passou a disputar provas. 

“Ano passado fui campeão PCD (pessoa com deficiência) pelo Estadual, e esse ano já abri em uma grande vantagem também. Eu já pedalava, mas não a grande distância, né? Aí eu comecei a pedalar 7 km, depois fui aumentando para 20km, depois 40km. Hoje, dia de domingo, eu chego a fazer 100 km”, compartilha o atleta.

Atleta Gilvan da Silva (Foto: Beatriz Magalhães, Midiamax).

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