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Cotidiano

Para encurtar o caminho, pedestres se arriscam em passarela ‘caindo aos pedaços’ na Thyrson de Almeida

As passarelas foram instaladas há mais de 16 anos para diminuir o percurso, já que os retornos na avenida são distantes
Karina Campos, Clayton Neves -
ponte
Pedestres em Campo Grande (Nathalia Alcântara, Arquivo - Midiamax).

Instaladas há mais de 16 anos em vários pontos da Avenida Thyrson de Almeida, as passarelas enfrentam a deterioração do tempo e a falta de manutenção. Pedestres e ciclistas enfrentam os perigos evidentes, já que as pontes são alternativas para encurtar o caminho na travessia do córrego.

Para se ter uma ideia, há madeiras instaladas como reforço sobre buracos e pedaços quebrados. A estrutura de metal está enferrujada e também desgastada. Ao cruzar a passarela, a sustentação balança. O matagal é alto, chegando a cobrir alguns locais.

Na passarela próxima à Avenida Bandeira e George Chaia, há pedaços de madeira quebrados. A passarela próxima à Rua Igarapé e Vitor Pasce é utilizada como principal passagem por alunos de três escolas próximas.

Manutenção da própria comunidade

Josafá Bezerra de Brito é proprietário de um petshop em frente a uma passarela. Ele conta que a rotina na região é movimentada, já que há um grande número de estudantes, pedestres e ciclistas. Além disso, os veículos transitam em alta velocidade, o que torna o trajeto ainda mais difícil.

“Tem redutor de velocidade máxima de 50 km/h, mas aqui é uma avenida e os carros passam correndo.U ma idosa enfiou o pé em um vão de madeira e se machucou; poderia ter sido mais grave. Os danos começaram a aparecer há uns quatro anos e ninguém nunca vem arrumar, se não formos nós mesmos. Um vizinho, esses dias, fez a manutenção na madeira e fizemos a limpeza por conta própria.”

ponte
Danos na madeira (Nathalia Alcântara, Midiamax)

Contudo, Gilmar Pereira também é comerciante na região e menciona os riscos, especialmente nos horários de pico da manhã e do almoço, quando trabalhadores e estudantes cruzam o local.

“A passarela está cheia de falhas. Em 2008, a gestão chegou a nos apresentar uma maquete, um projeto para interligar os dois lados. Vários políticos vieram na época. Isso iria remover as passarelas, mas ficou apenas na promessa. A avenida tem muitos acidentes, e a passarela é uma alternativa para os pedestres.”

Preocupação constante

Na outra ponte próxima à Avenida Raquel de Queiroz e Arquiteto Vila Nova Artigas, em frente ao Hospital do Amor, há sinais de reparos recentes, como pintura. O local recebe um grande fluxo de pacientes. Apesar disso, é evidente a ferrugem e a madeira solta.

“Moro na região e passo por ela todos os dias. Faço caminhada no Parque Ayrton Senna, mas me sinto insegura com essa situação. Tem muito mato e a ponte fica escondida. Sempre há moradores de rua ou usuários de drogas. Se preciso passar por aqui à noite, prefiro fazer o retorno mais longo de bicicleta. Se alguém me abordar aqui, ninguém consegue ver. Não tem iluminação. É algo que me preocupa”, diz a aposentada Lucelia Santos, de 62 anos.

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Vegetação ocupa passarela (Nathalia Alcântara, Midiamax)

O que diz a prefeitura

À reportagem do Jornal Midiamax, a Prefeitura informou que “com a assinatura do contrato com a empresa que venceu a licitação para fazer a manutenção e reformas de pontes, a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos iniciará os reparos nas pontes e passarelas na área urbana nos próximos dias, e uma das primeiras a serem atendidas são as passarelas sobre o córrego Anhanduí, entre elas essa da Avenida Thirson de Almeida”.

*Matéria editada às 16h52 para acréscimo de informações.

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