Paciente espera por cirurgia ortopédica há um ano e sofre complicações no quadril

Rosemar necessita com urgência de prótese de porcelana, que só estaria disponibilizada para pacientes a partir dos 60 anos

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
paciente
Paciente precisa de uma prótese de porcelana (Arquivo pessoal)

A vida deixou de ser a mesma desde abril de 2021 para Rosemar Marciano Galheanos, de 53 anos, ao sofrer um acidente de moto em Campo Grande. Agora, a moradora aguarda há um ano por uma cirurgia que causa complicações gravíssimas no quadril.

Rosemar conta que faz tratamento na Santa Casa de Campo Grande. Os médicos indicam uma cirurgia de artroplastia total do quadril esquerdo diante das complicações da fratura do acetábulo, que desencadeou uma artrose gravíssima no membro.

“Preciso de uma prótese de porcelana, pela minha idade, eu tenho que pôr essa. A Santa Casa me informou que só tem prótese para pessoas acima de 60 anos e me enviaram para o sistema do Sesau (Secretaria Municipal de Saúde). Foi marcada uma consulta no CEM (Centro de Especialidades Médicas); passei por outro médico e aguardo outra consulta com ortopedista cirurgião há um ano”.

Diante da demora, a paciente ingressou com uma ação na Defensoria Pública, que foi deferida e determinou, em julho deste ano, ao município a tutela de urgência da prótese e da cirurgia. Contudo, ainda em setembro uma nova consulta no hospital foi cancelada. Há um mandado judicial em aberto.

“Foi marcada a consulta pré-operatória para 4 de setembro, mas dois dias antes me ligaram e cancelaram a consulta. Entrei em contato com ouvidoria da Santa Casa e disseram que não tem data prevista para remarcar, disseram que os médicos estão em greve. Tem três semanas que minha situação piorou. Não saio da cama, tenho dificuldade para andar, sentar e até dormir por sentir dores 24 horas por dia. Não consigo fazer mais nada, minha pressão vive alta por conta das fortes dores. Só quero recuperar minha saúde de volta, voltar a ter vida, pois estou nesse sofrimento há três anos e meio”, lamenta.

A reportagem entrou em contato com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) e o hospital, mas não obteve um posicionamento até a publicação do material.

Conteúdos relacionados