Focos de incêndio no Pantanal diminuíram em comparação às semanas anteriores, segundo informações divulgadas pelo Secretário Extraordinário de Controle do Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, André Lima, durante coletiva da Operação Pantanal, nesta terça-feira (16). No entanto, apesar do alívio no bioma pantaneiro, a previsão climática para os próximos dias, deixam as equipes de enfrentamento em alerta.

Em uma rápida apresentação, o secretário apresentou gráficos sobre a situação do bioma. Segundo o levantamento, o perigo de fogo avança entre os dias 15 e 20 de julho, mas a situação ainda está dentro do controle.

“Apesar da situação está dentro do controle gente, temos nos próximos dias previsão de clima mais quente e seco, o que pode tornar nosso trabalho mais difícil. Estamos na linha verdade entre, trabalhando duro para fazer a curva verde cruzar a vermelha o quanto antes”, afirmou.

Corumbá conta com 2.674 focos de incêndio. Em termos de área queimada, o sistema do Lasa (Laboratório Universidade Federal do Rio de Janeiro), que faz mapeamento de área, mostra de 587.600 hectares a 788 mil hectares já queimada na região pantaneira de Mato Grosso do Sul.

“Sobrevoamos a extensão e vimos a magnitude dos incêndios. Temos queda significativa comparando a semanas anteriores. De 8 a 14 de julho tivemos incremento de 2.425 hectares em área queimada”, uma redução significativa”, revelou.

Ainda conforme o levantamento da Laboratório Universidade Federal do Rio de Janeiro, 85% da área queimada no Pantanal sul-mato-grossense está em espaços privadas; 7,4% em terras indígenas; 4,8% em unidades de conservação federal;1,4% em unidades de conservação estadual e outros 1,4% em Reservas Particulares do Patrimônio Natural. 4% dos focos registrados ainda estão ativos no bioma.

Recursos para combater incêndios no Pantanal

O trabalho de enfrentamento aos incêndios no bioma contam com crédito extraordinário de R$ 237 milhões, considerando R$ 100 milhões que já haviam sido disponibilizados em Medida Provisória anterior, como pontuou a ministra de planejamento Simone Tebet, também presente na reunião.

“Temos três Medidas Provisórias para atender essas questões. É necessário entender que não é falta de recursos. O dinheiro está na conta. Não chegamos atrasados. Viemos na hora certa, estamos trabalhando nisso desde o ano passado, mas as queimadas esse ano começaram muito antes”, pontuou a ministra.

Governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), também destacou sobre a importância do recurso. “Não é volume desprezível. Somos uma potencia ambiental e isso tem valor na rua biodiversidade mitigação emissão de carbono, atividades econômicas tradicionais e estamos investindo na manutenção desse Estado, próspero, verde, inclusivo e digital”, declarou.

Chefe do Meio Ambiente, Marina Silva, que foi corrigida ao confundir o nome do Estado com Mato Grosso, também aproveitou a visita à Corumbá para destacar a atuação conjunta no combate ao incêndio no Pantanal.

“Isso aqui é o resultado de trabalho conjunto e de compreensão republicana de como se deve tratar os problemas e as soluções em benefício da sociedade, do meio ambiente e política que faça o correto enfrentamento da mudança climática”, reforçou.

Atualmente as equipes de enfretamento ao combate às queimadas contam com 832 profissionais do Governo Federal, entre eles: 420 das Forças Armadas, 311 do Ibama e ICMBio, 71 da Força Nacional de Segurança Pública e outros 30 incluindo DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Polícia Federal e Defesa Civil. Além de 15 aeronaves, 15 embarcações e três bases em operação: em Corumbá, Poconé e Porto Conceição.