O bairro Nova Lima, na região norte de Campo Grande, assumiu o posto de mais populoso da Capital. Com 41.131 habitantes, a região tem quase 12 vezes mais habitantes que a menor cidade de Mato Grosso do Sul – Figueirão, que contabiliza 3.539 moradores.
As informações estão em levantamento preliminar da Planurb (Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano), com base em dados do último censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 2022, que deverão compor a próxima edição do Perfil Socioeconômico de Campo Grande, a ser lançado em agosto.
O levantamento também mostra uma “dança das cadeiras” no ranking de bairros mais populosos, comparado ao Censo de 2010: naquele ano, o Aero Rancho era o bairro com mais moradores, com 35.519 moradores. Agora, a região caiu para o 3º lugar, com 36.374 habitantes e um crescimento de apenas 855 moradores.
À frente do bairro, além do campeão Nova Lima, está o Jardim Centro-Oeste: no censo de 2010, contabilizava 24.816 habitantes e, agora, tem 37.671 habitantes – crescimento de 51,8% nos últimos 12 anos. Ainda de acordo com o censo, Campo Grande registrou 897.938 moradores até 2022.
Confira a relação
E qual a explicação?
Ao Jornal Midiamax, a Planurb responsabilizou o crescimento do Centro-Oeste às regularizações fundiárias realizadas nos últimos anos. “O bairro Centro-Oeste teve um aumento significativo influenciado pelas regularizações fundiárias: Novo Samambaia (2023), Jardim Bálsamo II (2022) e Jardim Bálsamo III (2022), e novos loteamentos como Washington Saito (2022), Jardim Paris (2020) e Varandas do Campo (2010), além de três condomínios residenciais”, detalha a Planurb.
Por outro lado, a queda de “status” do Aero Rancho se deve por sua urbanização já consolidada. “Por ser um bairro consolidado, apresenta falta de espaço para expansão e redução do número de filhos por mulher, o que consequentemente diminui a média de moradores por domicílio, ocorre uma estabilização populacional”, avalia a Planurb.
Com isso, a justificativa que coloca o Nova Lima à frente é justamente o “boom” imobiliário na última década na região, que ganhou até shopping center.
Importância dos números
Ainda de acordo com a agência de planejamento urbano, as contagens populacionais são “casadas” com os limites dos bairros para que equipes técnicas possam ter históricos de pelo menos 850 variáveis que são utilizadas para construir o tripé dos aspectos da sustentabilidade: social, econômico e ambiental. “Com estes dados podem ser priorizadas políticas, planos, projetos e ações públicas mais assertivas”, completa a agência.
