MS tem duas das três cidades mais quentes do país e está sob alerta de ‘grande perigo’

Coxim e Água Clara são destaque nacional por conta do calor

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Imagem ilustrativa. (Arquivo, Midiamax)

Nas últimas 24 horas, Coxim e Água Clara ocuparam, respectivamente, o segundo e terceiro lugar no ranking de cidades mais quentes do Brasil. Com temperaturas de 41°C e 40,7°C, os municípios ficaram atrás somente de Cuiabá, onde os termômetros registraram 41,2°C.

Em meio às altas temperaturas, agravadas pela baixa umidade do ar, Mato Grosso do Sul tem os 79 municípios inseridos em três alertas emitidos pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). Segundo especialistas, os avisos meteorológicos, de onda de calor e baixa umidade, apresentam graus de perigo e grande perigo. 

Na maior parte do Estado, o clima desértico fica ainda pior com o acúmulo de fumaça dos incêndios florestais. “Na imagem do satélite meteorológico, observa-se condições de muita fumaça, deixando o céu acinzentado em diversas regiões do país, inclusive, Mato Grosso do Sul. Uma frente fria, que avançou pelo oceano Atlântico, favorece maior transporte de fumaça em direção ao Estado”, pontua informativo do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima). 

Na estação QualiAR da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), o índice de qualidade do ar encontra-se “Muito Ruim” para Campo Grande.

O Cemtec destaca ainda a possibilidade de chuvas em Mato Grosso do Sul entre sábado (14) e domingo (15), com destaque para a metade sul do Estado. “Podem ocorrer chuvas acompanhadas de raios”, finaliza. 

Bolívia em emergência nacional

A situação do ar piorou na região de Corumbá por causa da Bolívia, que atravessa uma crise climática devido aos incêndios florestais, o que levou o governo a declarar “emergência nacional” pelos efeitos negativos na qualidade do ar, um problema que se estende a outros países da região, como Brasil e Paraguai.

O Laboratório de Física Atmosférica da UMSA (Universidad Mayor de San Andrés), em La Paz, alertou que os incêndios estão gerando uma “catástrofe ambiental” com graves impactos na fauna, flora e na saúde da população.

De acordo com o relatório da UMSA, a fumaça acumulada na atmosfera pode inibir a chegada das chuvas, criando um “círculo vicioso” que prolonga as condições de baixa qualidade do ar. As queimadas, concentradas no leste do país, já afetaram mais de 4 milhões de hectares, segundo fundações privadas, como a Tierra. No entanto, o governo estima o total em cerca de 3,8 milhões de hectares.

Nos últimos dias, cidades como Santa Cruz, Cochabamba, La Paz e Cobija foram cobertas por uma densa camada de fumaça, levando as autoridades a alertar sobre os efeitos prejudiciais à saúde pública.

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