MS completa três meses sem casos de febre oropouche; Espírito Santo enfrenta surto
No ano de 2024 apenas dois casos de febre oropouche foram confirmados no estado de Mato Grosso do Sul
Osvaldo Sato –
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Mato Grosso do Sul atingiu uma marca positiva no controle da febre Oropouche: o estado está há três meses sem registrar novos casos da doença. No ano de 2024, foram confirmados apenas dois casos no estado, sendo um importado em junho e outro autóctone em agosto. A situação reflete um quadro de estabilidade local, apesar do surto nacional que marcou o primeiro semestre.
A febre Oropouche, transmitida pelo mosquito Culicoides paraensis — conhecido como maruim ou mosquito-pólvora —, teve um surto expressivo no Brasil no início do ano, com total de 9.126 casos registrados em 2024. Após uma queda acentuada entre agosto e outubro, os números voltaram a crescer. Na semana epidemiológica 45 (3 a 9 de novembro), foram confirmados 297 novos casos em todo o país.
Em contraponto ao cenário controlado em Mato Grosso do Sul, o Espírito Santo enfrenta um cenário de surto. Apenas na semana epidemiológica 46 (10 a 16 de novembro), foram registrados 184 novos casos no estado, elevando o alerta sanitário. Todos os dados são do Painel de Monitoramento das Arboviroses.
Segundo a SES (Secretaria de Estado de Saúde) o caso de transmissão local ocorreu no município de Itaporã, distante 224 quilômetros de Campo Grande. “No estado do Mato Grosso do Sul tem somente esses dois casos confirmados de febre do Oropouche. Sendo um caso importado e o caso de Itaporã autóctone”, diz a nota da SES.
No caso ‘importado’ a mulher foi infectada pelo vírus durante uma viagem ao estado da Bahia. Já um caso autóctone é aquele em que a infecção se deu no mesmo estado da confirmação do caso.
Sintomas são parecidos aos da dengue
Os sintomas da febre Oropouche incluem febre alta, dores de cabeça e no corpo, náuseas, calafrios, fotofobia e tontura, sendo facilmente confundidos com os da dengue. A prevenção se baseia em medidas para evitar o contato com o vetor, como:
- Uso regular de repelentes, especialmente em áreas de surto.
- Instalação de telas em portas e janelas.
- Vestir roupas claras e de mangas compridas.
- Limpeza frequente de ambientes com matéria orgânica, que favorecem a reprodução do mosquito. Ações internacionais de vigilância
Em resposta à ameaça do vírus Oropouche, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) promove, entre os dias 18 e 22 de novembro, um curso em Manaus sobre biologia e vigilância de insetos vetores do gênero Culicoides.
A iniciativa, realizada em parceria com a Fiocruz Amazônia e o Ministério da Saúde, reúne especialistas de oito países da América Latina para aprimorar o conhecimento sobre o controle do vetor e a prevenção da doença.
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