Moradora reclama de morte de animais por infetação da mosca-do-estábulo em Costa Rica
Empresa diz que segue protocolos de prevenção e controle do inseto
Karina Campos –
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Uma moradora da zona rural de Costa Rica, a 330 quilômetros de Campo Grande, registrou um boletim de ocorrência, na segunda-feira (18), após a morte e outros ataques a animais da fazenda pela moscas-da-cana. O problema seria recorrente na cidade e a vizinhança denuncia a infestação que seria favorecida pelas atividades de uma usina.
A moradora, que preferiu anonimato, diz que os insetos seriam responsáveis pelo adoecimento de animais da região. Também conhecida como mosca-do-estábulo, teria causado a morte de uma vaca e dois bezerros. Além disso, todos os cães da fazenda estão doentes e com as orelhas “em carne viva”.
“A mosca da vinhaça está matando os animais. Meus cachorros perderam a orelha. Todos os agricultores estão registrando boletins de ocorrência para tentar uma providência, pois é uma empresa muito grande, não conseguimos comunicação com os responsáveis”.
A tutora dos cães diz que tentou medicar e levar os animais ao veterinário, contudo, nenhum tratamento foi solutivo. “Essa mosca senta nos animais, gruda, é uma praga. Meu cachorro chora de dor. Eu já tentei de tudo”, desabafa.
Mosca-do-estábulo
Um artigo da Coleagro descreve que a mosca (Stomoxys calcitrans) é uma praga que mais causa prejuízo aos animais, pois se alimenta de sangue. Portanto, é conhecida como “inimiga” em fazendas de rebanho, regiões de colheita e beneficiamento da cana-de-açúcar.
A princípio o acúmulo de vinhaça da usina, o resíduo da cana no processo de obtenção do etanol, seria o responsável pelo reaparecimento das moscas.
Em nota, a Unidade Costa Rica Usina esclarece que mantém um protocolo rígido ao longo do ano para prevenir e controlar a mosca-dos-estábulos, cumprindo integralmente o PAV (Plano de Aplicação de Vinhaça). A empressa ressalta que foi registrado uma redução de 45% da média da população do inseto em agosto de 2024, na comparação com 2023. Em setembro de 2024, a redução registrada foi de 94%, em relação ao mesmo mês do ano passado.
Confira a nota:
“Neste período de chuvas, as ações foram intensificadas e incluem: mais instalações de armadilhas, escoamento de empoçamentos locais em três turnos (manhã, tarde e noite), uso de retroescavadeira em propriedades próprias e de parceiros, aplicação de inseticida por terra e ar, entre outras iniciativas.
A Unidade reforça ainda que disponibiliza recursos como máquinas, equipamentos e equipe para auxiliar no combate do inseto nas propriedades de pecuaristas locais, assim como mantém canal de contato direto com os proprietários de fazendas.
Além disso, a unidade está em contato com demais órgãos de pesquisa e autoridades locais, para garantir um manejo sustentável e reforçar o controle do inseto em suas áreas de atuação e entorno, incluindo seus parceiros e fornecedores para identificar e acompanhar a efetividade das medidas adotadas por eles no combate às moscas-dos-estábulos, sobretudo, no período de chuvas”.
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