Com falta de medicamentos desde março, o CEM (Centro Especializado Municipal) voltou com os estoques e com eles uma longa fila de espera. Há menos de um mês foi implantado o sistema de distribuição de senhas para uma melhor organização nas filas para pegar medicamentos.
Uma paciente diabética reclamou da falta de remédios para a doença, dipirona e fluoxetina. Durante esses meses ela teve que fazer a compra dos remédios que precisou. Ela reclamou da demora para o abastecimento dos medicamentos e afirmou que esse é o motivo real da longa fila de espera.
Durante o período em que a reportagem esteve no local, a senha chamada foi a 449. Das duas pessoas que aguardavam na fila e conversaram com a reportagem, as senhas eram 710 e 740.
Outra entrevistada frisou que a situação é um abuso para com a população. “Se tivesse remédio desde o início não estaria essa batalha que está agora. Está assim, porque ficou muito tempo sem. Isso é um abuso com a população, quem não podia comprar [remédio] ficou sem”.
O que diz a Sesau?
Em resposta a reportagem, a Sesau informou que houve um aumento atípico no local, e que reforçou a equipe para otimizar o atendimento.
A Sesau também ressaltou a recente implantação do sistema Hórus para melhorar as filas, mas que os servidores estão no processo de adaptação, além do sistema, passar por instabilidades.
Em razão disso, o CEM tem enfrentado uma possível demora no atendimento, com tempo de espera de até 50 minutos em alguns casos. Diariamente, o CEM atende cerca de 920 usuários, tanto do município quanto do interior do Estado, que se deslocam até o local para a retirada de medicamentos.
“Para otimizar o processo e agilizar o atendimento, a SESAU informa que o CEM dispõe de quatro guichês que permite atendimento simultâneo aos pacientes. Além disso, visando melhorar a experiência dos pacientes durante o período de espera, foram instaladas longarinas para oferecer mais conforto e comodidade aos usuários”.
