Mato Grosso do Sul tem trégua nos incêndios devido a clima frio e chuva

A área queimada no Pantanal soma 1,8 milhão de hectares em 2024

Priscilla Peres – 26/08/2024 – 10:33

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Bombeiros no combate aos incêndios florestais no Pantanal (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

O fim de semana foi de frio e chuva fraca em Mato Grosso do Sul, mas suficiente para amenizar os focos de incêndios que atingiam Corumbá. Devido à precipitação e clima ameno, o número de focos em Mato Grosso do Sul caiu de 221 na sexta-feira (23) para zero no domingo (25).

Os dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) mostram que, Mato Grosso do Sul soma 4.157 focos de queimadas em agosto. O dia 6 foi o mais ‘quente’ do mês, com 466 focos de incêndios registrados em 24 horas. Com isso, o Estado já ultrapassou a média de focos do mês e se aproxima da máxima histórica.

Dados do Ibama mostram que até 18 de agosto, mostram que a área queimada no Pantanal soma 1,8 milhão de hectares em 2024. Em 2020, os incêndios florestais consumiram 3,6 milhões de hectares no Pantanal.

Ainda segundo informações do Ibama, no dia 12 de agosto haviam 907 profissionais em campo no Pantanal, com apoio de 8 aviões e 10 helicópteros do ICMBio e Forças Armadas em operação.

‘Tem gente colocando fogo’

Em reunião no Prevfogo, em Brasília (DF) no domingo (25), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a dizer que os incêndios no Pantanal, Amazônia e interior de São Paulo, são criminosos. A Polícia Federal abriu 31 inquéritos para investigar as origens do fogo.

“Não conseguiram detectar nenhum incêndio causado por raios. Isso significa que tem gente colocando fogo na Amazônia, no Pantanal e sobretudo no estado de São Paulo”, disse Lula durante apresentação na sala de monitoramento do Prevfogo.

A ministra de Meio Ambiente, Marina Silva, destacou que os esforços federais estão mobilizados para combater os incêndios e punir ações criminosas relacionadas ao uso do fogo:

“É preciso parar de atear fogo. Mesmo colocando tudo que está à disposição dos governos estaduais e municipais, dos esforços privados e do governo federal, se não parar de colocar fogo em um período de temperatura alta, baixa umidade relativa do ar e ventos que vão até 70 km/h, não há como conter o fogo. Ações criminosas serão punidas com todo o rigor que a lei oferece”, afirmou Marina.

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