Mato Grosso do Sul contabiliza 16,6 mil pessoas morando em 31 favelas, mostra Censo

Em Campo Grande, 7,8 mil pessoas vivem em favelas

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Favela do Mandela. Imagem Ilustrativa. (Leonardo De França, Jornal Midiamax)

Em passado recente, Campo Grande se orgulhava de ser uma capital sem favelas. Mas a realidade mudou e as comunidades de pessoas em situação de vulnerabilidade social se espalham pela cidade. Dados do Censo mostram que em 2022, haviam mais de 1,8 mil pessoas morando em favelas em Campo Grande.

Essas pessoas viviam em 16 favelas da Capital, conforme os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Dado alarmante mostram que entre os moradores de favelas, 701 são crianças e adolescentes de zero a 19 anos.

Além de Campo Grande, outras sete cidades de Mato Grosso do Sul têm favelas. Conforme o Censo, o Estado tinha 16.678 pessoas morando em 31 favelas em 2022. Os dados do IBGE mostram que o número de favelas em MS é o segundo menor do país.

Essas comunidades estavam divididas da seguinte forma:

  • Aquidauana – 2 favelas – 1.869 pessoas
  • Campo Grande – 16 favelas – 7.862 pessoas
  • Corumbá – 3 favelas – 1.848 pessoas
  • Dourados – 5 favelas – 1.965 pessoas
  • Novo Horizonte do Sul – 1 favela- 189pessoas
  • Ponta Porã – 1 favela- 1.583 pessoas
  • Sidrolândia – 1 favela- 535 pessoas
  • Três Lagoas – 2 favelas- 827 pessoas

Números podem ser maiores

Levantamento feito pela Cufa (Central Única das Favelas) em 2023, aponta 43 favelas e 36 mil famílias vivendo nesses espaços em Campo Grande. 

A coordenadora da Cufa Campo Grande, Letícia Polidório, explica que a vulnerabilidade social das famílias nas favelas favorece acidentes. A falta do gás de cozinha, por exemplo, leva uma mãe a acender o fogo de forma improvisada.

“A gente está com calor muito excessivo na cidade e as questões são inúmeras de vulnerabilidades”, ela afirma. 

Ações em favelas

O último levantamento da Emha (Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários) contabilizou 20 áreas ocupadas de forma irregular em processo de regularização fundiária. 

Contudo, o órgão pretende fazer uma nova pesquisa para a atualização sobre as ocupações, “uma vez que nos últimos anos houve uma alteração significativa de demanda e redução da irregularidade”. 

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