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Cotidiano

Lojistas do Camelódromo lutam para reverter prejuízos com perda de estoque no incêndio de fevereiro

Comerciantes retomaram atividades há cerca de dois meses, mas ainda não puderam reaver prejuízo
Osvaldo Sato -
Manuel Alves da Silva, de 67 anos, trabalha há 20 anos (Foto: Ana Laura Menegat, Midiamax)

Passados quase dois meses da entrega da reforma dos boxes destruídos no incêndio que acometeu o Camelódromo, em , no dia 11 de fevereiro, os comerciantes ainda amargam prejuízos com perdas totais de seus estoques. 

É o caso de Valmir Caetano da Silva Nascimento, de 54 anos, que viu todo o estoque acumulado por 25 anos de atuação no local, em três boxes, de números 377, 378, 379, que foram destruídos pelas chamas.

“Eu trabalho com venda de roupas, que parece barato, mas não é, pois eu acumulo estoque aqui e nunca imaginei que fosse passar por isso, fiquei sem nada e agora estou, aos poucos, tentando me recuperar”, disse. “Meu prejuízo foi de cerca de meio milhão”, destacou o comerciante.

Após o incêndio, a administração do Camelódromo providenciou inicialmente a reconstrução dos oito boxes diretamente atingidos, com entrega da obra no dia 29 de abril. Desde então, os comerciantes puderam se apropriar novamente de seus boxes e retomar suas atividades.

“Fiquei parado mais de um mês, mas quando pude retornar, comprei produtos, montamos o box, levantei a cabeça e comecei a trabalhar”, conta Manuel Alves da Silva, de 67 anos, que afirma ter perdido cerca de R$ 50 mil em produtos de estoque do seu box 361.

Entretanto, as vendas ainda não voltaram ao normal, principalmente porquê os comerciantes atingidos ainda não conseguiram montar estoque e terem a variedade de produtos que tinham antes do incêndio.

“Não tem comparação entre as vendas que eu fazia antes do incêndio com o que faço agora, pois antes eu tinha variedade de mercadoria, muito estoque, então hoje ainda estamos ‘patinando’, pagando nossas contas e seguindo a luta”, contou Valmir

Valmir Nascimento afirma ter perdido R$ 500 mil no incêndio (Foto: Ana Laura Menegat, Midiamax)

Segundo o vendedor, apesar dos estragos causados pelo acidente, o momento é de recuperação e de seguir batalhando, mesmo depois de 20 anos trabalhando no local. “Vi todo o desenvolvimento do camelô, desde quando era todo de lona até chegar ao que temos aqui. Depois do incêndio, aumentaram as ações de prevenção, está tudo mais rigoroso com as exigências, está melhorando, tudo no sentido de prevenir para não acontecer mais”, afirmou Manoel.

Diversos boxes vizinhos aos que foram atingidos diretamente pelas chamas também sofreram prejuízos. Isso porque, em um primeiro momento, a temperatura do fogo estragou produtos mais sensíveis das lojas próximas. Depois, o próprio combate ao fogo feito pelas equipes dos Bombeiros também afetou os estoques, com o uso de água que também foi prejudicial a certos itens.

Segundo a administração, o prejuízo estimado com o incêndio foi de R$ 2 milhões. Os comércios não possuíam seguro, pois segundo a administração do local, as seguradoras não fecham contratos de seguros com as lojas do estabelecimento diante do alto risco de incêndio e valor de produtos no espaço com 473 boxes. 

Após o incêndio no dia 11, o local reabriu no dia 14, de forma parcial. Os boxes reconstruídos foram entregues no dia 29 de abril, momento em que os lojistas puderam retomar suas atividades.

Camelódromo tem 25 anos

O camelódromo de Campo Grande tem 496 Boxes e um piso superior onde se encontram outras lojas. Inaugurado em dezembro de 1998, o centro comercial tem 25 anos de existência e foi criado para por fim a desentendimentos entre lojistas do centro e ambulantes.

O prédio ocupa espaço com cerca de três mil metros quadrados, onde estão distribuídas lojas padronizadas para a comercialização dos mais diversos tipos de produtos. Localizado ao lado do shopping cidade, em região de grande movimentação.

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