Mato Grosso do Sul apresenta tendência de crescimento de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) e outras doenças respiratórias, ao contrário da tendência nacional, segundo análise do Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (13). 

Enquanto o Brasil apresenta sinal de queda na tendência de longo prazo (últimas 6 semanas) e de estabilização na tendência de curto prazo (últimas 3 semanas) na ocorrência de SRAG, Mato Grosso do Sul pode continuar com números altos de doenças respiratórias.

Segundo a Fiocruz, a queda das SRAG no agregado nacional se deve à interrupção no crescimento das síndromes por VSR (vírus sincicial respiratório) e Influenza A (gripe) na maioria dos estados do país, embora ainda estejam em ascensão em alguns estados do Brasil. 

Principais vírus responsáveis

No entanto, a circulação do VSR mantém valores expressivos de incidência e mortalidade de SRAG em crianças. Outros vírus respiratórios com destaque para a incidência de síndromes respiratórias nas crianças são o rinovírus e Influenza A. 

Entre as capitais, 8 apresentam sinal de crescimento nos casos de SRAG: Campo Grande, Aracaju (SE), Boa Vista (RR), Florianópolis (SC), Manaus (AM), Natal (RN), Rio de Janeiro (RJ) e São Luís (MA).

Nas 4 últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 22,3% Influenza A, 0,5% Influenza B, 54,6% vírus sincicial respiratório, e 4,9% SARS-CoV-2, o vídeo da covid-19. 

Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 46,4% Influenza A, 0,3% Influenza B, 23,7% vírus sincicial respiratório, e 22,4% covid-19.