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Cotidiano

Lançada há um mês, Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos já tem 46 doadores em MS

Na plataforma, o cidadão pode escolher qual órgão deseja doar
Jennifer Ribeiro -
(Reprodução, Agência Brasil)

A advogada Thaynara Espínola, de 26 anos, é uma dos 46 sul-mato-grossenses que formalizaram a sua vontade de ser um doador de órgãos por meio da Aedo (Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos). Lançada há 30 dias, a autorização é disponibilizada pelos Cartórios de Notas de Mato Grosso do Sul em parceria com o Poder Judiciário.

Segundo Thaynara, seu conhecimento da iniciativa veio por meio de uma divulgação feita nas redes sociais de um cartório de .

Ela explica que sempre foi clara com sua família sobre seu desejo de ser doadora, mas, por eles terem certa resistência à decisão, optou por formalizar e garantir que seu desejo seja atendido.

“Acho que sempre tive essa vontade de querer ajudar o próximo. Converso bastante com minha família sobre essas questões”, conta ela.

“Até porque a morte é um tabu na sociedade e quando a gente começa a falar as pessoas ficam ‘ah para, muda de assunto’. Mas para mim, mesmo após a minha partida, quero que o que puder ser reaproveitado, que seja… Tantas pessoas passam anos na fila de espera, aguardando uma doação… As pessoas precisam se conscientizar sobre esse assunto, que apesar de delicado, é muito importante”, pontua.

A advogada, que também é doadora de sangue desde os 17 anos, acredita que a família respeitará sua decisão, mas, por garantia, achou “bacana deixar por escrito”.

No momento de selecionar quais órgãos ela quer doar, Thaynara foi clara: “o que estiver bom, pode doar. Não quero levar para baixo da terra o que pode ser utilizado para salvar vidas”.

Ela ressalta que o processo é prático e rápido. Seu pedido foi emitido em 5 de abril e assinada digitalmente em 18 do mesmo mês.

Como formalizar a Aedo

Regulamentada pelo Provimento nº 164/2024 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e disponível gratuitamente para toda a população, a Aedo feita em cartório pode ser consultada, via CPF do falecido, pelos responsáveis do Sistema Nacional de Transplantes, do Ministério da Saúde, diretamente na Central Nacional de Doadores de Órgãos.

A iniciativa, que busca ajudar as pessoas que atualmente aguardam na fila por um transplante de órgãos, pode ser solicitada digitalmente em qualquer um dos Cartórios de Notas do Brasil.

Para realizar a Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos, o interessado preenche um formulário diretamente no site, recepcionado pelo Cartório de Notas selecionado.

Em seguida, o tabelião agenda uma sessão de videoconferência para identificar o interessado e coletar a sua manifestação de vontade.

Por fim, o cidadão e o notário assinam digitalmente a Aedo, que fica disponível para consulta pelos responsáveis do Sistema Nacional de Transplantes.

A plataforma está acessível 24 horas por dia, 7 dias por semana, de qualquer dispositivo com acesso à internet.

Na plataforma, o cidadão pode ainda escolher qual órgão deseja doar – medula, intestino, rim, pulmão, fígado, córnea, coração ou todos

O e-Notariado

O processo de emissão da Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos é realizado por meio da plataforma e-Notariado, ambiente digital nacional para realização de atos notariais.

O interessado em doar órgãos deverá acessar o site www.aedo.org.br e solicitar o seu Certificado Digital Notarizado, assinatura eletrônica que assegurará a identidade do solicitante. Após envio da solicitação, o tabelião de notas selecionado pelo cidadão entrará em contato para realizar a videoconferência de emissão do Certificado.

Uma vez emitido, o futuro doador deverá preencher o formulário da página inicial do site com seus dados e indicar quais órgãos gostaria de doar. Após preenchido o formulário, o cidadão seleciona o Cartório de Notas que fará a emissão da Aedo e assinará o documento com seu Certificado Digital Notarizado, instalado no celular.

O documento será gerado automaticamente e integrará a Central de Doadores de Órgãos imediatamente. O cidadão então poderá informar sua família da existência do documento para facilitar a busca futura. O documento pode ser revogado a qualquer momento pelo solicitante.

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