A Defesa Civil acompanha o levantamento do prejuízo causado pelo rompimento da barragem na represa do loteamento Nasa Park, entre Jaraguari e Campo Grande, nesta terça-feira (20). Inicialmente, não há informações sobre vítimas fatais, apesar de casas alagadas e carros arrastados pela enxurrada.

Em comunicado, a Defesa Civil informou que foram acionados por volta das 10h, com relatos do alagamento da BR-163, próximo ao km 500 a 501. Agora, as equipes levantam dados sobre os danos causados pela força da água.

Também estão no local agentes da PRF (Polícia Rodoviária Federal), Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) e CCR MSVia.

‘Só deu tempo de fugir’

A água da represa do condomínio de luxo Nasa Park invadiu e devastou casas localizadas na área rural de Jaraguari e Campo Grande, na manhã desta terça-feira (20). Famílias relatam que viveram momentos de desespero e não tiveram tempo de retirar nada de dentro das casas, apenas fugir.

Ao Jornal Midiamax, morador da região conta que mora com a mãe e três crianças. Ele recebeu um aviso do cunhado sobre o rompimento da barragem, mas em 4 minutos a água invadiu toda a casa.

Tragédia ambiental

Filho de um dos pioneiros a adquirir um loteamento no Nasa Park, que fica entre Campo Grande e Jaraguari, e que presenciou o triste episódio do rompimento da barragem, nesta terça-feira (20), denuncia que existiam condições para o uso do lago, como “day use” ou até boleto mensal de R$ 400, no qual o jet ski ou barco do proprietário era vinculado e assim ele tinha livre acesso ao local.

Durante a negociação para venda dos loteamentos, a empresa privada falava do lago apenas como “um atrativo”. No entanto, muitos moradores passaram a fazer uso do lago, o que pode ter agravado ou ocasionado o incidente ambiental, cujas imagens impressionam pelo rápido estrago causado pela água, invadindo residências da região rural e a BR-163.