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Cotidiano

Incidência de doenças respiratórias se agrava no outono, mas cultura do ‘fecha a janela’ contribui

Saiba como melhor se prevenir diante do aumento na incidência destas doenças
Osvaldo Sato -
Doenças respiratórias mais comuns no outono são: resfriado, gripe, sinusite, bronquiolite, pneumonia, asma e rinite (iStock, Reprodução)

Tempo fresco, friozinho, mas, de repente, você começa a espirrar… e não é por menos. A chegada do outono até trouxe um alívio diante das altas temperaturas registradas no verão. Porém, com ele, aproxima-se também um inimigo à saúde da população: a incidência de doenças respiratórias, que se agravam devido ao clima seco, quedas de temperaturas e circulação de viroses.

Os sintomas mais comuns são logo reconhecidos: tosse, febre, coriza, espirros – comuns a quase todas as infecções virais – e que se proliferam pelos ambientes escolares e de trabalho ou em qualquer aglomeração, como no

Aí fica a dúvida: como combater esses males que parecem inofensivos, mas que em último caso podem até levar à morte, como com a Covid, SRAG (Síndromes Respiratórias Agudas Graves) e até alergias?

O Jornal Midiamax consultou o médico Miguel Moraes, pós-graduado em clínica médica, e questionou quais seriam as doenças mais comuns neste período.

“As doenças mais comuns neste período são o resfriado, a gripe, a sinusite, bronquiolite, pneumonia, asma e rinite. Asma e rinite são doenças que são de origem alérgica e não infecciosa. Porém, as infecções podem causar crises de asma e crises de rinite”, explicou.

Segundo ele, de forma geral, as formas de prevenção passam pelos cuidados com a higiene pessoal e com o fortalecimento do sistema imunológico.

“No caso da gripe, bronquite, sinusite e pneumonia, a prevenção é manter uma boa higienização das mãos, manter um corpo muito bem hidratado, muito bem alimentado, saudável, praticar atividade física, ter uma boa noite de sono. Ou seja: oferecer ao corpo condições de estar saudável e de combater de forma suficiente uma infecção”, explicou o médico.

Além disso, o médico destaca a importância de manter vacinação em dia e de evitar contato com alérgenos, como tapetes, roupas há muito tempo guardadas, cortinas. Ele também sugere evitar fumar e estar próximo de fumantes, porque a fumaça é muito irritante para a nossa mucosa.

Mas, será que o outono é o único vilão? O infectologista destaca, aí, um componente cultural que ajuda essas doenças a se espalharem.

Circulação de ar é preponderante para evitar contaminações

“Como bom sul-mato-grossense, nós somos um pouco friorentos, né? Caiu um pouco a temperatura, a tendência é que as lojas diminuam a ventilação, fechem janelas… Então, os ambientes ficam mais fechados e o vírus circula por muito mais tempo. Não só vírus, mas também poeira, bactérias… Fica muito mais fácil a pessoa ter uma infecção nesse período do ano”, completa.

De forma geral, portanto, todos estes cuidados são necessários, sobretudo a grupos de risco, tais como crianças, idosos, gestantes, imunodeprimidos, pacientes com doença autoimune, entre outros – mais acometidos por estas doenças em suas formas mais graves.

Com a pandemia da Covid-19, muitos hábitos de higiene foram incorporados à rotina da maioria das pessoas, que também são úteis no combate a outras doenças infecciosas.

“Os cuidados que a Covid trouxe são importantes, principalmente o hábito de lavar as mãos, de não levar as mãos ao rosto, o que chamamos de etiqueta ao espirrar. Além da utilização de máscara, que é interessante em caso de sintomas de resfriado, pois assim a pessoa elimina menos gotículas e muito menos vírus”, disse o médico.

Vacinação

Neste ano, o estado de antecipou a campanha de vacinação contra a gripe. Tradicionalmente realizada em todo o Brasil entre os meses de abril e maio, neste ano, a campanha começou em março em razão do aumento da circulação de vírus respiratórios no país.

A vacina utilizada é trivalente, ou seja, apresenta três tipos de cepas de vírus em combinação: A (H1N1); A (H3N2); e B (linhagem B/Victoria) – protegendo contra os principais vírus em circulação no Brasil.

Já as arboviroses – que são um grupo de doenças virais que são transmitidas principalmente por artrópodes, como mosquitos e carrapatos – também são combatidas com a vacinação. As mais comuns em ambientes urbanos são a dengue, a e a chikungunya. Os vírus causadores dessas doenças são transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti.

Neste ano, pela primeira vez, está sendo realizada campanha de vacinação contra a dengue, que iniciou ainda no mês de janeiro.

Incidência

Apenas neste ano, por exemplo, as SRAG vitimaram 107 pessoas em Mato Grosso do Sul, em um cenário de 1.095 casos registrados, segundo o Boletim Epidemiológico da SES (Secretaria de Estado de Saúde).

De todos os casos, 483 tiveram o agente etiológico identificado; 483 foram definidos como SRAG não especificado; e 72 ainda aguardam classificação final.

A maior incidência se observa entre crianças de 1 a 9 anos, com cerca de 20% dos casos. Já o número de óbitos por este motivo se registra, em sua maioria, em idosos da faixa etária de 70 a 79 anos (23,4%) e de 80 anos ou mais (25,2%).

Uma Síndrome Respiratória Aguda Grave é uma insuficiência respiratória com sintomas como febre alta e prolongada, tosse, cansaço, chiado, aumento da frequência respiratória e queda de saturação. 

Os principais tipos causados por vírus são decorrentes de Influenza, Covid-19, Adenovírus, Vírus Sincicial Respiratório, entre outros. Geralmente, os pacientes que mais sofrem com essa condição nesta época são bebês, lactantes jovens, idosos e pacientes com comorbidades.

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