Imagens retratam morte e paisagem aniquilada em estrada pantaneira por onde fogo passou

Carcaça de animais mortos e cinzas fazem parte da nova paisagem da Estrada Parque

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Javali adulto não conseguiu se livrar dos efeitos do fogo e morreu às margens da Estrada Parque. (Foto: Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

Imagens feitas pelo repórter fotográfico do Jornal Midiamax, Henrique Arakaki, revelam o cenário na Estrada Parque Pantanal, em Corumbá, uma semana depois de parte da rota ser arrasada por incêndios florestais. 

Seis dias após primeira visita à região pantaneira, equipe de reportagem voltou à cidade e observou expressivas mudanças na área. A fumaça e o fogo ativo, que estavam próximo da área urbana, agora deram lugar às cinzas, rastro de animais mortos e vegetação aniquilada.

Na Estrada Parque, brigadistas do PrevFogo, Corpo de Bombeiros e proprietários rurais da região combateram as chamas por quatro dias. No local, ainda foram usadas aeronaves que auxiliaram com lançamento de água.

Com 120 quilômetros de extensão, anualmente a Estrada Parque atrai milhares de turistas de todo mundo em busca das riquezas naturais e possibilidade de observação da fauna diversa. Em 1993, o Governo de Mato Grosso do Sul declarou a Estrada Parque como unidade de conservação de uso direto.

O Jornal Midiamax prepara documentário audiovisual sobre a cobertura dos incêndios florestais na região do pantanal sul-mato-grossense.

Cenário preocupante

O mês de junho foi tenebroso quando o assunto é focos de incêndio, que atingem principalmente o Pantanal sul-mato-grossense. O Estado fechou com aumento de 806% de focos do incêndio em junho em comparação a maio.

De acordo com dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), junho terminou com acumulado de 2.737 casos contra 302 em maio. Como o Jornal Midiamax tem mostrado nas últimas semanas, 74% desses focos de incêndio são em Corumbá, no Pantanal.

No pódio do Brasil, Corumbá nunca saiu do primeiro lugar. A Cidade Branca é o município com mais queimadas acumuladas no país em junho, acompanhada por Porto Murtinho (324) e Poconé, no Mato Grosso (254).

Confira as imagens do repórter fotográfico Henrique Arakaki:

Jacaré morto em meio a vegetação seca e destruída pelo fogo. (Foto: Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

Cobra adulta não escapou e morreu em banco de área próximo a vazante (Foto: Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

Ossada da cabeça de um jacaré completamente carbonizada (Foto: Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

Passagem aniquilada pelo fogo às margens da Estrada Parque Pantanal. (Foto: Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

Carcaças de peixes mortos em área onde existia área alagada que secou com incêndio. (Foto: Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

Outra cobra carbonizada, uma das centenas de répteis encontrados mortos no último mês. (Foto: Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

Ossada de um jacaré na margem de lagoa onde peixes lutam para sobreviver. (Foto: Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

Restos da ponte destruída pelo fogo no dia 18 de junho. (Foto: Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

Lentos para fugir das chamas, caramujos são um dos animais que mais morreram nas queimadas. (Foto: Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

Visão aérea de trecho queimado próximo à rodovia. (Foto: Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

Área queimada às margens da rodovia. (Foto: Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

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