Hidratação: Frutas se tornam aliadas das crianças no calorão de Campo Grande
Com as ondas de calor, o consumo de frutas tem sido um aliado à nutrição e hidratação das crianças que estudam em escolas da capital
Valesca Consolaro –
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Em meio ao calorão de Campo Grande, com ondas de calor que ocorrem umas atrás das outras, o consumo de frutas tem sido um aliado à nutrição e hidratação das crianças que estudam em EMEIs (Escolas Municipais de Educação Infantil). Mesmo com a chuva dando as caras nesta semana, as escolas se preparam cada vez mais para se adequar aos dias predominantemente quentes e secos, que têm sido tão frequentes.
Conforme explicado pela responsável técnica de nutrição das EMEIs de Campo Grande, Nayara Luiza de Oliveira, nesta época do ano, a alimentação é adaptada ao calor e ao tempo seco. Na última semana, cidades de Mato Grosso do Sul bateram recorde de baixa umidade do ar. Na capital, houve mínima de 8%, enquanto no interior do estado houve recorde de calor, com termômetros batendo os 43ºC.
“O FNDE [Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação] aumentou, na última resolução que saiu, o número de frutas que devem ser enviadas para as escolas semanalmente. Então, a gente já teve um aumento da quantidade ofertada. De um tempo para cá, com esse excesso de calor, a gente também vem aumentando a quantidade per capita de distribuição desses alimentos”, explicou a nutricionista.
Ela explica que, em função do calor e tempo seco, espontaneamente as crianças passaram a consumir mais frutas, principalmente. “A gente oferece uma quantidade de hidratação maior também para as crianças, de líquido que vem por meio desses hortifrútis”, pontuou.
Segundo a especialista, as frutas têm uma aceitabilidade maior. “A gente faz um trabalho constante de introdução desses gêneros na alimentação, principalmente das crianças menores, que estão fazendo a introdução alimentar”, lembrou.
Redução do açucar e alergênicos
Vale destacar que o incentivo ao consumo de frutas vai além de um único objetivo como a hidratação. A diretora da Emei Elenir Zanqueta, Juliana Ferreira de Souza, explicou a Sociedade de Pediatria e o Ministério da Saúde orientam que as crianças até os dois anos não consumam açúcar.
Com isso, o Programa Nacional de Alimentação Escolar, responsável por guiar as leis elaboradas, classificou as crianças de um a três anos não consumam açúcar.
“Com essa questão dessa legislação, a gente teve que modificar o nosso cardápio, as nossas preparações, então a gente preconiza a utilização de produtos preparados nas escolas. Então, vão ser feitos no cardápio de biscoitos a pães e bolos preparados na própria escola”, explicou Juliana.
A nutricionista Nayara responsável pela distribuição reforça, ainda, a atenção dada para atender adequadamente as crianças que possuem intolerância ou alergia a substâncias como proteína do leite, lactose, glúten, entre outros.
Alimento oriundos da agricultura familiar
Quando se tratar dos alimentos ‘in natura’ o diálogo com os fornecedores acontece semanalmente. Inclusive, são atualmente priorizados os alimentos cultivados pela agricultura familiar.
“A compra é feita da agricultura familiar e também por meio de pregão eletrônico, no momento a gente está utilizando a agricultura familiar, então a colheita é feita lá na chácara do produtor mesmo, o alimento vem diretamente da terra e a gente sempre pede para eles estarem atento, pois é importante esses alimentos serem frescos, estarem no ponto de maturação ideal”, explicou a nutricionista.
Em sequência, os alimentos passam pela Suale (Superintendência de Alimentação Escolar), que fica responsável pelos alimentos em geral que serão distribuídos para as escolas, EMEIs e entidades atendidas.
Segundo o superintende da Suale, Luiz Henrique Raghiant, é realizada a distribuição de alimentos em 240 unidades de ensino e entidades de Campo Grande. Entre os alimentos, incluem-se proteínas de origem animal e vegetal, grãos em geral e hortifrúti.
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