Há 30 anos, irmãs fazem de ‘dia fúnebre’ faturamento de R$ 8 mil vendendo flores no Cruzeiro
Tradicional comércio reúne ambulantes na venda de alimentos, velas e flores
Karina Campos, Jennifer Ribeiro –
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Os canteiros dos cemitérios públicos de Campo Grande começam a ficar coloridos com a venda de flores para o Dia de Finados, no sábado (2). Nesta sexta-feira (1°), os ambulantes dormiram nas barracas para garantir um bom lugar nas vendas no Cemitério Cruzeiro, no bairro Coronel Antonino.
Três irmãs encantam com a gentileza e a maneira de transformar a visita dos entes queridos, Rosilda Conceição Roberta, Ana Abadia Conceição Roberta e Maria Roberta. Elas tradicionalmente vendem flores artificiais e velas há 30 anos. A família é feirante, contudo, faz da data comemorativa a renda extra.
A familiaridade facilita a hora de revezar, pois enquanto uma volta para casa para tomar banho e se alimentar, duas permanecem no ponto. Ambas chegaram na tarde de quinta-feira (31), dormindo nas barracas.
Preparadas
Maria Roberta conta que no ano passado conseguiu faturar R$ 8 mil sozinha. Apesar da parceria entre as irmãs, cada uma tem a sua barraca. A ambulante ressalta que este ano as vendas estão mais tranquilas, pois os clientes estão comentando que estão apenas visitando os túmulos.
“Estão dizendo que está muito inseguro comprar e deixar as flores, tem gente que invade o cemitério e furta. Teve pessoas que chegaram às 6h achando que o cemitério estava aberta, mas hoje ele abriu às 7h, então, já começamos a vender”.
Cada vaso de flor e velas com oito unidades são vendidas a partir de R$ 10 e a coroa de flores por R$ 30. Sobre a chance de chuvas, as irmãs garantem que estão preparadas, pois estão com lonas caso o tempo fique instável.
Parceria
Apesar da data trazer uma reflexão sobre quem já partiu, o luto e a tristeza, entre os vendedores o sentimento é de parceria. Jurema trabalha há três anos na venda ambulante de Finados. Ela conheceu as irmãs, recebendo e doando ajuda.
Para Jurema, a expectativa é alta para superar as vendas do ano anterior. “Não tem energia, então, não tem como trazer estufa de salgados. Vendo água, biscoito de polvilho, bolacha, refrigerante e velas. No ano passado consegui tirar R$ 1,8 mil”.
Além dos visitantes, a barraca de Jurema também tem os funcionários do cemitério como clientes. “Cheguei hoje às 5h, já vendi café e leite também. Hoje ainda devem chegar mais ambulantes”.
Horário de funcionamento
O horário da abertura dos cemitérios será às 7h e fechamento às 17h, com duas missas programadas em cada cemitério — uma pela manhã, às 8h, e outra às 15h.
Segundo a Sesdes (Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social), a Guarda Civil Metropolitana atenderá os cemitérios com mais de 20 viaturas, entre motocicletas e quatro rodas. Além disso, terá reforço no efetivo de servidores atuando na prevenção de vandalismo, furto e na segurança da população, tanto no entorno quanto dentro dos cemitérios. Já a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) atua em conjunto no controle de trânsito nessas regiões.
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